Foto: ASCOM/CIDASC

Foto: ASCOM/CIDASC

A equipe do Escritório Municipal da Epagri, em parceria com a Prefeitura do município de Bandeirante, localizado no extremo oeste catarinense e com apoio do Programa SC Rural realizou uma oficina de meliponicultura.


O evento ocorreu no dia 26 de outubro na propriedade de Blásio Spaniol na comunidade de Novo Encantado e contou a participação de 25 agricultores familiares que estão iniciando ou desenvolvendo a atividade, que é a arte de criar abelhas sem ferrão. “Estas abelhas podem ser produzidas tanto no meio rural como na cidade, pois o manejo pode ser feito por qualquer pessoa”, explica José Clóvis Moreira, extensionista local da Epagri.

Inicialmente foi teorizado e debatido sobre a importância da atividade de melipolinocultura e sua relação com a preservação do meio ambiente.  Outro fator a considerar é a possibilidade aumentar a produção agroecológica e consequentemente melhorar a renda. O tema foi conduzido pelo extensionista da Epagri, no município de Paraíso, Carlos Paganini que tem um profundo conhecimento sobre a atividade. Também enfocou sobre o manejo das abelhas e colmeias, a importância econômica, social e ambiental que as mesmas produzem e o crescimento da atividade na região.

Após o enfoque teórico, o extensionista Carlos Paganini realizou a parte prática da oficina com demonstrações sobre retirada de enxames do local de origem como tocos, litros de iscas e colocadas nas colmeias e divisão de enxames.

Nesse momento, Paganini mostrou aos participantes, como é formado o enxame dentro do ninho, que é em forma de anel e a diferença entre a rainha, princesa e as operárias e todos puderam exercitar na prática o manejo correto de abelhas sem ferrão, localização das colmeias, produção de iscas com garrafa pet e os tipos corretos de caixinhas para abrigar os enxames e a produção de mel.

“As principais espécies de abelhas sem ferrão ou nativas existentes são Guaraipo, Tubuna e Borá, mas a mais popular na região é a Jataí. Algumas espécies foram extintas na região pela extração da madeira, uso exagerado de agrotóxicos e falta de técnica para manejo”, comenta Paganini.

A atividade está crescendo no extremo oeste e tem grande lucratividade. Cada quilo de mel da abelha sem ferrão chega a custar R$ 65,00. Além disso, o inseto não é agressivo e pode ser criado perto das pessoas, em qualquer lugar, diferente da abelha tradicional.

Ações como essa deverão continuar em Bandeirante, pois a procura por colmeias, caixinhas de jataí e equipamentos para a meliponicultura têm aumentado e a demanda por orientações técnicas também. Vamos incentivar as famílias que tem interesse e que possam aliar produção com preservação.

No final da oficina foi distribuído entre os participantes uma caixinha de madeira (modelo para Jataí), onde as famílias iniciarão suas atividades em meliponicultura ou será o começo da melhoria da produção de forma mais adequada e de qualidade.

Fonte: Epagri.