Reunidos na Câmara de Vereadores de Sombrio, no último dia 28, representantes da EPAGRI, CIDASC, UFSC, VISA e autoridades políticas discutiram forma de resolver a emblemática situação relacionada à produção de polvilho azedo.

Foto: Valdirene De Noni.

Foto: Valdirene De Noni.

Há aproximadamente dois anos a VISA estadual determinou que Alvarás Sanitários deixariam de ser expedidos aos polvilheiros se o sistema de secagem continuasse a ser efetuado em circuito aberto (ao sol), prática que representa risco de contaminação física do polvilho. Desde então, CIDASC, EPAGRI e a Dra. Edna Amante (UFSC) vem buscando com os produtores, alternativas tecnológicas para modificar o procedimento de secagem.

Segundo Edna Amante,uma das autoridades nacionais em subprodutos de mandioca, “a tecnologia disponível para a secagem do polvilho se dá por meio da adição de ácidos e isso transforma o polvilho azedo em outro produto, que no caso, deixa de ser polvilho”.

Enilto Naubert, da EPAGRI, palestrou para o grupo dizendo que “o polvilho azedo de Santa Catarina é um produto com características próprias e deve-se tentar manter tais características”.

Presente na reunião, o deputado estadual Manoel Mota falou da necessidade de resolver o problema, pois “os produtos de polvilho da região Sul não podem simplesmente ter suas fábricas fechadas”, o que foi corroborado pelas demais autoridades políticas presentes, incluindo os prefeitos de Santa Rosa do Sul, São João do Sul e de Sombrio.

Na acalorada discussão, a VISA estadual colocou da necessidade de de implantar as Boas Práticas de Fabricação (BPF) como alternativa e como forma de cumprimento da legislação de alimentos. Inicialmente rejeitado por parte dos participantes, esta solução foi acolhida depois que o Técnico, Wladimir Marcon (CIDASC) fez explanação sobre o quanto são importantes as  BPFs, procedimento legal, praticado por empresas que buscam elevar o padrão sanitário e a segurança dos alimentos. Segundo explicou “Santa Catarina chegou ao status sanitário à custa de muito esforço e deve continuar esse esforço para manter o Estado como referência no Brasil.”

A implementação das BPFs passou a ser, então, a próxima medida a ser adotada junto aos produtores de polvilho azedo, o que deverá ser detalhado na reunião do fim de outubro, agora com técnicos da CIDAS, EPAGRI, UFSC e os produtores de polvilho azedo. Representaram a Cidasc, os técnicos Agnaldo Trevisol dos Santos, Wladimir Marcon e Valdirene De Noni.

 

Fonte: Cidasc Tubarão e Gerância de Classificação.

Foto: Valdirene De Noni.

Foto: Valdirene De Noni.

Foto: Valdirene De Noni.

Foto: Valdirene De Noni.