Imagem Ilustrativa

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O município de Corupá (SC) vai sediar, em agosto, dois importantes eventos internacionais relacionados à bananicultura. O primeiro, que vai acontecer de 18 a 20 de agosto de 2015, no Seminário Sagrado Coração de Jesus, será o III Congresso Latino-Americano e do Caribe de Bananas e Plátanos, que tem por tema central “Musáceas no subtrópico: desafios e oportunidades frente à variabilidade climática”. Já nos dias 21 e 22, será a vez da XI Reunião do Comitê Gestor da Musalac, no Hotel Tureck Garten. A programação do congresso — voltado para produtores, técnicos, extensionistas, pesquisadores, estudantes e público geral envolvido no setor — abrange, ao todo, 27 palestras, e, pela primeira vez, foram convidados pesquisadores de fora da região da América Latina e Caribe. Sistemas de produção, Ecofisiologia, solo e clima e Estratégias de manejo de pragas e doenças são os principais assuntos em discussão.

“Pelo fato de o tema central ser banana no subtrópico, achamos conveniente contar com pesquisadores de outras regiões que convivem com essa realidade, como é o caso da Austrália. Adicionalmente, o assunto do mal-do-Panamá nos levou a convidar Gert Kema, da Holanda, que lidera um amplo programa de pesquisa dessa doença, especificamente com a raça 4 tropical, ainda não identificada no Brasil”, conta o pesquisador Miguel Dita, secretário-executivo do evento e da Rede de Pesquisa e Desenvolvimento de Banana e Plátano para América Latina e Caribe (Musalac). Os eventos estão sob a organização da Embrapa Mandioca Fruticultura (Cruz das Almas, BA) — Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento —, Musalac, Bioversity International, Associação dos Bananicultores de Corupá (Asbanco), Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri-SC), Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina,  Prefeitura Municipal de Corupá e Instituto Agronômico (IAC).

Objetivos

Segundo Miguel, são dois eventos interligados, mas com objetivos bem específicos. “O congresso busca oferecer um espaço de alto nível para apresentar e discutir temas de relevância com o setor produtivo e acadêmico. Já a reunião visa agregar os países membros da rede para discutir temas de interesse regional, como mudanças climáticas, mal-do-Panamá, entre outros, além de revisar as agendas e avanços de pesquisa com bananeira em cada um dos países.” Ele informa ainda que nesta edição houve mudança na forma em que são preparadas as palestras. “Normalmente, um só pesquisador recebe o convite para proferir determinado tema. Agora, convidamos colegas de diferentes países ou instituições a juntar esforços em função de um tema. Dessa maneira, muitos temas serão preparados e, em alguns casos, apresentados por mais de um pesquisador. Acreditamos que, assim, além de sermos mais inclusivos, favorecemos a integração de pessoas e instituições.”

Essa é a primeira vez que o Brasil recebe a reunião da Musalac, criada em 1986. Ao contrário do congresso, a reunião da rede não é aberta ao público em geral, apenas para membros da rede.

Dia de campo

Para finalizar o congresso, haverá um dia de campo em uma propriedade privada da região. Os participantes serão divididos em três grupos. Cada um vai percorrer três estações localizadas em diferentes lugares da propriedade, onde serão discutidos aspectos práticos sobre murcha por fusariose; pragas e doenças, com ênfase no moleque-da-bananeira e sigatokas; e práticas de manejo do cultivo: solo, nutrição e água. “Os participantes terão a oportunidade de receber informações práticas por equipes altamente conceituadas e prontas para compartilhar conhecimentos”, afirma Miguel.

O folder com a programação dos eventos está disponível emhttps://www.embrapa.br/documents/1355135/0/Folder+Musalac+15_maio/9cf2a678-ca2d-40f4-9045-efbe95ada9f6 e informações sobre inscrição estão no site do eventohttp://banana-networks.org/musalac/2015/02/16/reunion-musalac-y-congreso/

Corupá

O município de Corupá foi escolhido porque produz uma banana diferenciada em sabor e baseia-se na agricultura familiar. A banana é a principal fonte de renda da região (aproximadamente 600 famílias dependem diretamente da cultura).

Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de SC