Foto: Divulgação

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Não há prazo estabelecido para que o exame preventivo para a detecção da enfermidade de Mormo deixe de ser obrigatório em equídeos, principalmente, em cavalos participantes de atividades tradicionalistas, culturais e esportivas, além de feiras e exposições.

A informação é da médica veterinária da Administração Regional da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc) de Canoinhas, Carolina Pazda Dambroski que, na tribuna da Câmara, respondeu a questionamentos feitos pelo vereador João Grein (PT), por meio de requerimento.

Em sua manifestação na sessão ordinária de segunda-feira, 11, ela repassou informações pertinentes às ações para sanear focos e impedir a disseminação da doença no Estado através do controle do trânsito de equídeos.

De acordo com a veterinária, o Mormo “é uma zoonose que passa para os seres humanos, podendo causar uma pneumonia severa e levar as pessoas a óbito”. Os animais portadores da bactéria devem ser sacrificados para evitar a propagação da doença.

Ações de prevenção e controle da doença estão previstas na Instrução Normativa nᵒ 24, de 05 de abril de 2004, publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Em Santa Catarina, o primeiro caso de equino detectado com o Mormo foi em São Cristóvão do Sul. Outros cinco animais, no mesmo município, que tiveram contato com esse cavalo infectado, também apresentaram exame positivo para a doença. Posteriormente, uma filha da égua positiva do primeiro foco foi identificada em um propriedade no município de Rodeio.

Existem ainda suspeitas sendo investigadas em Imaruí, Ponte Alta, Gravatal Lages e Calmon.

Segundo Carolina, um foco de Mormo leva de 45 a 90 dias para ser saneado a partir do último animal infectado. Na região onde apareceu o primeiro equino doente, foram coletadas 77 amostras em propriedades vínculos (vizinhos e que tiveram contato com animal infectado). O resultado deve ser divulgado ainda esta semana. “Poderemos ter novos focos”, acrescentou.

A veterinária esclareceu que, em nenhum momento, a CIDASC proibiu a realização de eventos envolvendo equídeos. No entanto, só podem acontecer desde que os animais participantes apresentem resultado de exame negativo de Mormo e estejam vacinados contra a influenza equina. “Muitos deles foram cancelados por falta de tempo hábil para a realização do exame exigido”, explicou. Outro agravante é o custo, que gira em torno de R$ 150 a R$ 200.

Médicos veterinários autônomos cadastrados junto à CIDASC são os responsáveis pelas coletas de amostras no Estado, sendo que as análises são feitas por um laboratório de São Paulo. O prazo de validade dos exames é de 60 dias.

Conforme a veterinária, as medidas tomadas pela CIDASC visam apenas seguir a legislação federal. “Temos que executar. Mas quem não estiver cumprindo, teremos que enquadrar para que o faça”, ressaltou, ao dizer que a companhia trabalha com bom senso, mas que está impossibilitada de fazer algo que coloque em risco a sanidade dos animais e dos seres humanos.

Fonte:  ADR de Canoinhas