A carne suína catarinense vai ganhar mais um selo de qualidade que ajudará na ampliação de mercados no Exterior, como a Coréia do Sul e países da União Europeia. No dia 28 de maio, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul (RS) serão os únicos Estados brasileiros que devem receber o Certificado de Zona Livre de Peste Suína Clássica, em assembleia da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris.
A aprovação foi recomendada pelo conselho científico da entidade. É a primeira vez que a OIE concede esse certificado e SC estará entre os pioneiros do mundo nesse quesito. O Estado erradicou a doença desde 1991.
– Desde 2009, estamos tomando as medidas exigidas como a sorologia dos animais e o sistema de vigilância sanitária – afirmou o secretário adjunto de Estado da Agricultura, Airton Spies.
A documentação comprovando a inexistência da doença foi encaminhada no ano passado e aprovada em fevereiro deste ano.
INVESTIMENTO EM SANIDADE
A tendência é que os países importadores comecem a exigir a partir de agora o certificado, situação que pode ampliar a fatia de SC em mercados do Exterior.
Além disso, a previsão é de que o novo certificado também dê condição de acessar outros países, como a Coréia do Sul, que importa 400 mil toneladas por ano.
O presidente da Companhia Integrada para o Desenvolvimento Agrícola de SC (CIDASC), Enori Barbieri, espera que até o final do ano a carne suína catarinense possa ingressar no país asiático.
Para conquistar esses selos de qualidade, Spies revela que o Estado investe cerca de R$ 200 milhões em sanidade por ano. Entre as ações, estão 67 barreiras de fiscalização nas divisas com Paraná e RS e na fronteira com a Argentina.
Causada pelo vírus RNA, a peste suína é contagiosa e pode ser fatal para os animais.
Em 2007, SC conseguiu o Certificado de Zona Livre de Aftosa Sem Vacinação, condição que, na América do Sul, somente o Chile e a Patagônia, na Argentina, possuem. O resultado deste certificado possibilitou que o Estado recuperasse a liderança nas exportações e conquistasse mercados exigentes, como o Japão e os EUA.
Fonte: Diário Catarinense