O governador Raimundo Colombo e o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, durante a abertura da 17ª edição Itaipu Rural Show, nesta quarta-feira, 28, em Pinhalzinho, lançaram o Programa Terra Boa 2015. O convênio firmado entre a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca e a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado de Santa Catarina (Fecoagro) prevê investimentos de aproximadamente R$ 48 milhões para subsidiar a aquisição de sementes de milho, calcário, kits forrageiras e kit apicultura. A expectativa é de que 65 mil agricultores sejam beneficiados com o Programa.
“Estamos avançando bastante na questão de proteção ao agricultor, então o nosso programa de oferta de calcário e sementes de milho e forrageiras, é fundamental para garantir segurança ao produtor”, disse Colombo.
O Governo do Estado vai investir R$ 20,2 milhões para subvenção de 310 mil toneladas de calcário, sendo 140 mil toneladas via cooperativas – o produto é disponibilizado para ser retirado próximo à propriedade rural, e 170 mil toneladas direto das minas, ficando o produtor responsável pelo transporte do produto até sua propriedade. O produtor paga pelo calcário o equivalente em sacos de milho consumo do grupo 2 (60 kg), com preço de referência fixado no início de cada ano. Cada família rural tem direito a uma cota de 30 toneladas de calcário que serão pagas no próximo ano com o produto da colheita.
O presidente da Fecoagro, Luiz Vicente Suzin, destacou a necessidade de um programa como o Terra Boa em benefício do produtor rural. ?É uma parceria de muitos anos que agora se renova e com muita importância para o pequeno produtor. Vai ajuda-lo no aumento da produtividade e quem sabe no futuro, Santa Catarina possa importar menos milho de outros estados?.
Serão disponibilizadas 220 mil sacas de sementes de milho, incluindo grãos de médio valor genético até as de altíssimo potencial genético. Com investimentos de R$ 14,9 milhões a intenção é aumentar a produtividade e diminuir o déficit catarinense na produção de milho. As relações de troca para sementes de milho continuam as mesmas do ano passado: quatro sacos de milho para cada saco de semente de milho do grupo 1 (semente varietal) retirada; nove sacos de milho para cada saco de semente de milho do grupo 2 (híbridos de alta tecnologia) retirada; 15 sacos de milho do grupo comercial para cada saco de semente do grupo 3 retirado; e 20 sacos de milho para cada saco de semente de milho do grupo 4 (altíssima tecnologia) retirada.
O secretário de Estado da Agricultura, Airton Spies, ressalta a importância do investimento do Governo do Estado em programas voltados para o aumento da produtividade na agricultura. “Em Santa Catarina nós não temos área suficiente para expandir a produção em termos de dimensão da área plantada, portanto precisamos colher mais na mesma área. E o Programa Terra Boa incentiva os produtores a utilizarem calcário, fazerem a adubação e manejo adequados das lavouras e também oferece variedades de milho com maior potencial produtivo”.
Para melhoria e implementação de um hectare de pastagem, o Programa oferece ainda 3,5 mil kits forrageiras, um investimento de R$ 7 milhões. Cada kit é formado por mais de 80 produtos selecionados pelo agricultor e fornecidos a partir de um projeto técnico elaborado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). O kit forrageira deverá ser composto por sementes e fertilizantes e terá um custo de no máximo R$ 2 mil que pode ser pago em duas parcelas anuais ou em uma parcela com desconto de 30% incidente sobre o valor do kit.
Para o agricultor Milton Kerbs é um programa que ajuda muito na produção com a semente de qualidade que é fornecida, além do calcário para a correção do solo. “Vejo que essa é uma evolução do programa. Agora é possível escolher o tipo de semente e assim conseguimos aplicar uma tecnologia mais evoluída na nossa propriedade colhendo benefícios no futuro”.
Com o propósito de diversificar as atividades econômicas e aumentar a renda dos produtores rurais, o Programa Terra Boa terá também o kit apicultura que fornecerá os equipamentos necessários para a criação de abelhas na propriedade, inclusive abelhas rainhas. O Governo do Estado destinará R$ 900 mil para disponibilizar 430 kits compostos por seis colmeias, com ninho e dois melgueiras; cera alveolada para seis comeias; formão; dois macacões completos com máscara; dois pares de luvas e um fumegador, cobertura ecológica, arames, esticador de arame, rainha, núcleo Langstoth, alimentador de cobertura, luvas, jaleco.
O valor do kit é de cerca de R$ 1.800 e cada abelha rainha custa R$ 8. Ao adquiri-lo, o produtor terá dois anos de prazo para pagamento com parcela anual. Se o pagamento for único, haverá subvenção da ordem de 60% sobre o valor da segunda parcela.
Spies explicou que para participar do programa o agricultor precisa procurar um escritório da Epagri e retirar um documento chamado aviso de retirada. “As cotas estão à disposição de cada município na Epagri e com o documento, basta procurar uma cooperativa ou casa agropecuária credenciada, para retirar o seu produto, seja calcário, semente de milho ou forrageira”.
Itaipu Rural Show
A 17ª edição do Itaipu Rural Show vai até 31 de janeiro, em Pinhalzinho, e pretende expor tecnologias e tendências de diferentes segmentos do agronegócio. Considerado o maior evento de difusão do agronegócio de Santa Catarina, o Itaipu Rural Show tem como tema ?Inovação que gera resultados?.
“Esse é um evento que marca e agrega muito conhecimento, tecnologia e ajuda no aumento da produtividade, além de melhorar a competitividade da região. É uma troca de experiências que ajuda toda a economia do Estado. A agricultura é um setor da nossa economia que está em expansão com bons resultados e vai ajudar a economia brasileira em 2015”, destacou Colombo.
Promovido pela Cooperativa Regional Itaipu, este ano o evento traz novidades nos setores de suinocultura, avicultura, bovinocultura de leite, cereais, plantas medicinais, plasticultura, máquinas e equipamentos agrícolas, pequenos animais, piscicultura, laboratórios, pastagens, horticultura, além de diversos experimentos da Epagri e Embrapa. Os visitantes poderão assistir a palestras sobre todos os temas, inclusive com o professor e doutor em Administração, Marcos Fava Neves, que falará sobre as Tendências de Mercado para o Agronegócio e Economia.
O presidente da comissão organizadora do evento, Arno Pandolfo, contou que em apenas quatro dias é possível transferir tecnologia para um público de aproximadamente 50 mil pessoas, dentre elas, produtores rurais. “É um evento que está tomando proporções muito grandes, sendo considerado o maior evento de Santa Catarina direcionado para o agronegócio. São mais de 300 expositores que estarão repassando ao público as novidades e tendências do setor, mostrando tudo o que pode ser feito na propriedade rural”.
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