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Depois de um 2014 com recuo significativo nas vendas de máquinas agrícolas no país, a Anfavea, associação que representa as principais empresas do setor, prevê que a comercialização ficará estável em 2015 na comparação com o ano passado, quando totalizou 68,5 mil unidades. As vendas domésticas recuaram 17,4% em 2014 ante 2013 – um ano recorde, que teve a comercialização de 83 mil unidades, incluindo um pequeno volume de máquinas rodoviárias, conforme a Anfavea.

Segundo Luiz Moan, presidente da entidade, o desempenho do setor ficou dentro da média histórica de comercialização e 2013 foi um ponto fora da curva, quando linhas de financiamento para esses produtos estimularam os negócios.

Moan disse que o segmento de colheitadeiras foi um dos principais responsáveis pelo declínio das vendas de máquinas agrícolas em 2014. O comércio desses itens, mais intenso normalmente de dezembro a março, foi prejudicado nos dois primeiros meses de 2014 em também em dezembro em decorrência de problemas para a operacionalização do Programa de Sustentação do Investimento (PSI, do BNDES).

O dirigente estimou que deve haver problema para acessar o PSI também no início deste ano. No ano passado, a regulamentação das novas condições da linha de financiamento atrasou e novos contratos só puderam ser firmados a partir do fim do mês de janeiro.

Entretanto, o presidente da Anfavea acredita que o Moderfrota, linha de crédito do BNDES voltada exclusivamente à aquisição de máquinas agrícolas, deverá compensar os contratempos com o PSI. Outro ponto positivo, em sua avaliação, é a manutenção das taxas de juros do Moderfrota para este primeiro semestre – 4,5% ao ano para pequenos e médios clientes e 6% para grandes produtores rurais. Já os juros do PSI foram elevados para entre 6,5% e 11% ao ano – antes variavam entre 4% e 8%.

Para a produção brasileira de máquinas agrícolas, a Anfavea projeta estabilidade este ano: 82,4 mil unidades. Em 2014, foram produzidas 17,9% menos unidades ante 2013. Para as exportações, a projeção é de que subam cerca de 1% em 2015, totalizando 13,9 mil unidades contra 13,7 mil de 2014. No ano passado, o volume embarcado caiu 12,2%.

Fonte: Grupo Cultivar