Insetos causam danos em lavouras de culturas como milho e feijão.
CIDASC e Epagri vão emitir nota técnica com orientação aos produtores.

Foto: Vinícius Morales Porto

Foto: Vinícius Morales Porto

Com a elevação das temperaturas, as lagartas voltaram a aparecer em plantações do Sul catarinense. No início do ano, esses animais danificaram, principalmente, as lavouras de feijão. A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC) e Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) vão emitir nota com orientações aos produtores na sexta-feira (24), como informou o Jornal do Almoço.

Em algumas plantações, os agricultores chegaram a perder 60% da produção no início do ano. Foi em março, nas safras do milho e feijão, que esses insetos foram identificados nas plantações da região Sul. Quando os agricultores perceberam a presença das lagartas, já se tratava de uma infestação.

“O índice de monitoramento é 20% de plantas atacadas. A partir da hora que a lavoura atingiu esse índice, você tem que entrar com controle para evitar prejuízos maiores que a larva possa causar à lavoura”, explicou o engenheiro agrônomo da Epagri Luiz Fernando Búrigo Coan. É o caso do agricultor Joésio Magagnin, que possui seis hectares de terra em Içara. Há um mês, ele iniciou o plantio de milho.

As plantas já cresceram um pouco, porém algumas folhas já estão danificadas por causa das lagartas. Uma deles é da espécie conhecida como lagarta-do-cartucho, pois fica no miolo da folha do milho. Nesta lavoura, o inseto está presente em mais de 50%. “Estamos prevenindo com inseticida para não chegar àquele ponto de mais prejuízo”, afirmou o agricultor.

Prevenção
Para tentar evitar esses danos, a CIDASC e a Epagri estão trabalhando na prevenção. Em Içara, os técnicos preparam um relatório sobre a real situação das lavouras. Na sexta (14), será divulgada uma nota com orientação aos agricultores.

“Nossa ideia é que o produtor aprenda a identificar de forma correta a lagarta, as pragas que estão ocorrendo, e que faça aplicação, caso haja necessidade, e, se não houver, o produtor segure, espere. A gente quer que o produtor semanalmente comece a acompanhar a sua lavoura e veja se o percentual de ataques realmente é no nível que necessite fazer o controle químico”, afirmou o engenheiro agrônomo da CIDASC, Daniel Remor Moritz.

Fonte: Portal G1 Santa Catarina