Áreas de Porto Belo, no Litoral Norte, eram as únicas que faltavam.
Exames comprovaram que animais estão livres da toxina diarreica.

Foto: ASCOM/CIDASC

Foto: ASCOM/CIDASC

Todas as áreas do litoral catarinense foram liberadas para a retirada, comercialização e o consumo de moluscos bivalves, como ostras, vieiras, mexilhões e berbigões. O relatório da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC) de quinta-feira (16) mostrou que os animais estão livres de toxina. As últimas áreas liberadas foram as localidades de Perequê, Ilha João da Cunha e Araçá, em Porto Belo, no Litoral Norte.

Desde o dia 22 de agosto, a Secretaria da Agricultura e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC) acompanham as áreas de cultivo. A presença da toxina diarreica (DSP) é monitorada por exames realizados pelo Laboratório Oficial de Análise de Resíduos e Contaminantes em Recursos Pesqueiros (LAQUA-Itajaí-IFSC). Diversas áreas foram interditadas e liberadas nos últimos meses.

As colheitas para os exames foram realizadas em 11 de outubro e 16 de outubro nas três localidades de cultivo de Porto Belo e apresentaram resultado negativo para a presença da toxina DSP.

Segundo a nota técnica da CIDASC, nenhuma localidade está mais interditada em Santa Catarina. Porém, o monitoramento das áreas de produção de moluscos bivaldes continuará sendo realizado com o objetivo de preservar a saúde pública e a produção catarinense de moluscos.

Em Porto Belo, a primeira interdição foi feita no dia 4 de setembro e uma liberação veio no dia 12 do mesmo mês. Quatro dias depois, porém, o cultivo voltou a ser proibido e foi liberado novamente na quinta.

Toxina DSP

De acordo com a Secretaria de Agricultura, a toxina diarreica é produzida por algumas espécies de microalgas, chamadas de Dinophysis, que vivem na água. As algas são alimentos dos mexilhões e não prejudicam o cultivo, mas se os moluscos com a toxina forem consumidos pelas pessoas podem causar sintomas como diarreia, náuseas, vômitos e dores abdominais. A recuperação do paciente se dá entre dois e três dias.

Ainda conforme a Secretaria, uma das explicações para o fenômeno são as condições ambientais favoráveis para a proliferação dessas algas: maior incidência solar, pouca agitação marítima e baixa salinidade da água do mar. Novos exames devem ser realizados nos próximos dias.

Fonte: Portal G1 SC