Imagem Ilustrativa

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A alta incidência da Helicoverpa armigera foi comprovada recentemente em todas as regiões produtoras do Mato Grosso por pesquisadores da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Fundação MS e Fundação Chapadão. O combate à praga será tema de uma mesa redonda durante a V Conferência Nacional de Defesa Agropecuária que será realizada em Florianópolis, entre os dias 25 à 28 de novembro.

As ameaças fitossanitárias para o Brasil serão o mote da discussão no dia 26 de novembro, das 14h às 16h30.  A Helicoverpa armigera ataca pelo menos 300 diferentes culturas, dentre elas, algodão, milho e soja e é uma ameaça à produção agrícola no Brasil. Para estudar meios de controle regionais da praga, pesquisadores recolheram amostras da lagarta em 189 propriedades, de 32 municípios do Estado do Mato Grosso.

Os exemplares recolhidos foram enviados para análises laboratoriais no Rio Grande do Sul, porque a Helicoverpa armigera pode ser facilmente confundida com outras duas espécies de lagartas: a da espiga do milho (Helicoverpa zea) e a lagarta da maçã (Heliothis virescens). Ao todo, foram mais de 380 mil hectares pesquisados. Apesar do número encontrado, os pesquisadores consideraram baixo o dano à produção causado pela praga. O manejo e utilização correta dos defensivos agrícolas aliados ao acompanhamento das lavouras são medidas essenciais para controlar a Helicoverpa, segundo os especialistas.

De acordo com o pesquisador da Fundação MS, Fernando Grigolli, está foi a primeira etapa da pesquisa, que teve seus resultados apresentados no workshop Mapa da Helicoverpa, no dia 25 de setembro, no Sindicato Rural de Dourados. Na segunda fase serão coletadas amostras da safra 2014/2015. A pesquisa permitirá o planejamento de ações regionais de combate à praga.

Os municípios com maiores ocorrências da Helicoverpa armigera são Água Clara, Camapuã, Chapadão do Sul, Costa Rica, Paraíso das Águas, São Gabriel do Oeste, Sidrolândia e Sonora. Em municípios fronteiriços e outros grandes produtores como Amambai, Aral Moreira, Bela Vista, Cassilândia, Douradina, Dourados, Fátima do Sul, Itaporã, Jardim, Maracaju e Ponta Porã foram encontrados índices menores da lagarta, menos de 0,5 de mariposas por armadilha por semana. Antônio João, Bandeirantes, Bonito, Caarapó, Laguna Carapã, Naviraí e Rio Brilhante foram enquadrados no nível intermediário de infestações.

Fonte: Rural Centro via Portal da V Conferência Nacional da Defesa Agropecuária