Foto: Pedro Mansur Sesterhenn

Foto: Pedro Mansur Sesterhenn

A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca divulgou, nesta sexta-feira (26), a situação das áreas de cultivo de moluscos bivalves no estado em relação à presença da toxina diarreica (DSP). Os últimos exames laboratoriais comprovaram que a toxina está presente em Santo Antonio de Lisboa, em Florianópolis, ficando assim proibida a retirada, comercialização e consumo de ostras, vieiras, mexilhões e berbigões dessa área de cultivo. As outras 38 localidades do litoral catarinense estão desinterditadas.

Na última semana, a presença da toxina diarreica foi detectada também em cultivos de Porto Belo e Balneário Camboriú. Porém os últimos exames comprovaram que os moluscos dessas áreas já estão livres da DSP. A toxina é produzida por algumas espécies de microalgas que vivem na água, chamadas de Dinophysis, e quando acumuladas por organismos filtradores, como ostras e mexilhões, podem causar um quadro de intoxicação nos consumidores.

Em Santo Antonio de Lisboa a proliferação das algas causou a interdição da localidade, que será revertida assim que dois exames laboratoriais consecutivos comprovarem que não há a presença da toxina na água ou nos moluscos. Novos exames serão realizados na próxima segunda-feira (29). Desde a interdição preventiva de todo o litoral catarinense, no dia 22 de agosto, esta é a primeira vez que foi detectada a presença da toxina diarreica em moluscos ou na água de Florianópolis.

Os exames são realizados pelo Laboratório Oficial de Análise de Resíduos e Contaminantes em Recursos Pesqueiros – LAQUA-Itajaí-IFSC, a partir de amostras colhidas pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). Apesar da desinterdição do restante do litoral, a Cidasc continua coletando amostras para monitorar a presença da toxina diarreica na água e nos moluscos bivalves.

Interdição Preventiva

No dia 22 de agosto, a Secretaria da Agricultura declarou a interdição preventiva das áreas de cultivo de ostras e mexilhões em Santa Catarina, devido à possível presença de toxinas que causam intoxicação alimentar. Foi comprovada a contaminação nas localidades de Paulas, em São Francisco do Sul; de Ganchos de Fora, em Governador Celso Ramos, e no município de Porto Belo. A interdição de todo o litoral catarinense aconteceu para preservar a saúde pública, já que existia a possibilidade de a contaminação dos moluscos bivalves estar ocorrendo de forma generalizada.

No dia 30 de agosto, a Secretaria suspendeu a interdição preventiva das áreas de cultivo de ostras e mexilhões em Santa Catarina, permanecendo interditadas apenas as áreas de Porto Belo. No dia 4 de setembro, a interdição se estendeu também para Governador Celso Ramos. Porto Belo teve seus cultivos de moluscos desinterditados no dia 12 deste mês e no dia 19 foram novamente interditados.  As áreas de cultivo de Balneário Camboriú permaneceram interditadas do dia 23 a 26 desde mês.

Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca