Os secretários da Agricultura de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, Airton Spies e Claudio Fioreze, inauguraram nesta quinta-feira (11) as novas instalações do posto de divisa de Nonoai e Goio En, que será compartilhado entre os órgãos de defesa agropecuária dos dois estados. A partir de agora os técnicos da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC) farão a fiscalização das cargas de produtos de origem animal ou de animais vivos que passam pela BR-480 a partir do posto fixo de Goio-En e Nonoai, e não mais em Chapecó.
Os recursos para a reestruturação do posto são provenientes do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Animal do Rio Grande do Sul (Fundesa) e somam R$ 257 mil. Para o serviço defesa sanitária da CIDASC foi destinada uma sala de atendimento, onde acontecerão as vistorias e serão registradas todas as cargas de produtos de origem animal e vegetal. Os custos de manutenção da barreira sanitária de Nonoai e Goio-En serão divididos entre a CIDASC e a Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul.
O secretário da Agricultura de Santa Catarina, Airton Spies, destaca que a ação integrada beneficia os dois estados, que ganham em qualidade dos serviços, além da economia na estrutura que, por sua vez, é revertida em economia aos cofres públicos e cidadãos. O estado de Santa Catarina se sente honrado e orgulhoso de participar deste processo. Nós estamos transformando o investimento em defesa sanitária em negócios, uma vez que, a possibilidade de conquistar novos mercados significa ampliar a renda dos produtores e indústria, defendeu Spies.
Durante a inauguração, o secretário gaúcho, Claudio Fioreze, destacou a excelência sanitária de Santa Catarina como uma referência para o estado vizinho. Se é isso que o nossos produtores e agroindústrias precisam, é o que estamos fazendo; integração, fiscalização, modernização dos serviços e estruturas, garantir a qualidade dos produtos, expansão de mercados. Todas políticas públicas de estado, com garantia de durabilidade.
Para o diretor do Departamento de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul, Eraldo Marques, integrar os serviços de defesa dos estados é mais um grande avanço. Para ele, os postos de divisa são indispensáveis para manutenção dos status sanitários dos dois estados.
Marques também ressaltou que a região Sul deve ser a primeira no mundo a ser considerada como área livre da Peste Suína Clássica (PSC) pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que estabeleceu, recentemente, critérios que até então não existiam para a doença. Estamos trabalhando, ainda, para que em breve também sejamos uma área livre da febre aftosa sem vacinação, status que Santa Catarina já alcançou e precisamos atingir para acessar os mercados mais exigentes.
O compartilhamento das estruturas físicas nas barreiras sanitárias poderá ser feito também em outros locais nas divisas de Santa Catarina. O compartilhamento de estruturas físicas gera uma verdadeira integração da defesa sanitária dos estados, realizando um trabalho melhor com menos custos e com mais rapidez para os transportadores das cargas que precisam ser fiscalizadas, afirmou Airton Spies.
Hoje Santa Catarina possui seis corredores sanitários por onde é permitida a passagem de animais e produtos de origem animal com o uso de lacres aplicados pela CIDASC nas fronteiras. O estado conta com 63 barreiras sanitárias com o Paraná, Rio Grande do Sul e Argentina que controlam a entrada e a saída de produtos agropecuários. A fiscalização nas fronteiras tem por finalidade proteger o rebanho catarinense de doenças como a febre aftosa, da qual Santa Catarina é área livre sem vacinação certificada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca