Foto: Fabiana Alexandre/CIDASC

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Entre os dias 02 e 04 de setembro de 2014, Jaboticabal (SP) sediou o IV Simpósio sobre Fitossanidade em Citros, realizado na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”(UNESP). Participaram deste evento os Engenheiros Agrônomos da CIDASC: Diogo Antônio Deoti, Daniel Canabarro, Fabiana Alexandre, Geovani Pedro de Sousa e Larisslay Fulton de Valença.

Na oportunidade, o grupo apresentou o trabalho cientifico sobre o levantamento de detecção das pragas Xanthomonas axonopodis.pv.citri (agente causal do cancro cítrico), Guignardia citricarpa (agente causal da pinta preta) e Candidatus liberibacter spp. (agente causal do Greening) em viveiros e em pomares domésticos e comerciais na área de proteção fitossanitária – APF da Região do Alto Vale do Itajaí.

Com o temaPrincipais desafios da citricultura brasileira“, Gilberto Oliveira do Val, Chefe da divisão política, produção e desenvolvimento agropecuário do estado de São Paulo, fez a palestra de abertura do Simpósio abordando o cenário atual da citricultura brasileira frente a crise do setor, mostrando o “Greening” como um dos principais responsáveis.

A produção direcionada para o consumo in natura na Espanha foi abordada na palestra do professor Josep Miret, da Universidade Jaume do Campus del Rio Sec Castelló de La Plana da Espanha, que teve como tema “Gestão da Citricultura na Espanha”. Miret salientou que a Espanha é livre das pragas quarentenárias Greening, Pinta Preta e Cancro Cítrico.

Foto: Fabiana Alexandre/CIDASC

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Outro tema de grande interesse tratou de Erros e acertos no manejo do HLB no Brasil após uma década”, ministrado pelo pesquisador do Fundecitrus, Antonio Juliano Ayres. Ayres destacou que, neste período de uma década, houve uma redução da área citrícola de quase 50% no Estado de São Paulo, onde na área restante ainda permanece uma contaminação de cerca de 14% e que , em decorrência do manejo da praga, também deverá ser eliminada.

Além dos temas citados, uma vasta programação proporcionou aos participantes a atualização de conhecimentos através de temas e discussões entre os diferentes elos da cadeia citrícola, com possibilidade de propugnação de pesquisas ou desenvolvimento de respostas à fitossanidade dos citros.

Embora o Brasil seja hoje o maior produtor de laranja e maior exportador de suco do planeta, a preocupação com a crise no setor citrícola ficou evidente no evento. Os principais pontos levantados foram o aumento do custo de produção (principalmente devido ao controle do vetor do Greening), a diminuição do consumo de suco à nivel mundial e a falta de incentivo setor por parte do governo (investimentos em pesquisas de melhoramento de cultivares e abertura de novos mercados em países com economia em desenvolvimento, como a China, por exemplo).

Fonte: Fabiana Alexandre/CIDASC