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A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca anuncia que mais três localidades do litoral catarinense estão livres da toxina diarreica (DSP). Os resultados das amostras colhidas nos moluscos e na água de Canto Grande e Zimbros, no município de Bombinhas e na localidade de Armação do Itacoporói, em Penha demonstraram que não há contaminação. Sendo assim, está liberada a retirada, comercialização e consumo de ostras, vieiras, mexilhões e berbigões dessas localidades. A interdição preventiva continua para as áreas onde foi comprovada a presença da toxina ou que ainda não foram examinadas sendo proibida a retirada, comercialização e consumo de moluscos bivalves. No momento existe a presença da DSP na localidade de Paulas, em São Francisco do Sul, em Ganchos de Fora no município de Governador Celso Ramos, e em Porto Belo.

O Laboratório Laqua-Itajaí/IFSC é o responsável por analisar as amostras colhidas pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC) no litoral catarinense. Até esta terça-feira (26), 26 localidades já foram liberadas da interdição preventiva e 13 permanecem interditadas, sendo que em apenas três delas foi comprovada a presença de DSP.  As coletas de moluscos continuarão sendo realizadas para o monitoramento das áreas de produção em Santa Catarina e assim que os resultados mostrarem que não há contaminação, outras localidades serão imediatamente liberadas como aconteceu para as áreas desinterditadas hoje. Nos casos em que existe a comprovação da presença da toxina nos moluscos, o procedimento para desinterdição requer dois exames laboratoriais com resultado negativo.

Na ultima quinta-feira (21), a Secretaria informou a interdição preventiva das áreas de cultivo de ostras, mexilhões, vieiras e berbigões em Santa Catarina, proibindo a retirada, comercialização e consumo desses animais e seus produtos devido à presença de toxinas que podem causar intoxicação alimentar. A interdição preventiva de todo o litoral catarinense foi uma medida para preservar a saúde pública, pela possibilidade da contaminação dos moluscos bivalves em diversas áreas do litoral catarinense.

A toxina diarréica é produzida por algumas espécies de microalgas que vivem na água, chamadas de Dinophysis, e quando acumuladas por organismos filtradores, como ostras e mexilhões, podem causar um quadro de intoxicação nos consumidores. A presença de Dinophysis é conhecida em Santa Catarina e por isso os níveis da toxina são regularmente monitorados pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). Os últimos episódios de excesso de DSP no estado aconteceram em 2007 e 2008. Uma das explicações para o fenômeno são as condições ambientais favoráveis para a proliferação dessas algas: maior incidência solar, pouca agitação marinha e baixa salinidade da água do mar.

Os sintomas causados pela DSP são náuseas, vômitos, diarreia e dores abdominais e se manifestam em poucas horas após a ingestão de moluscos contaminados. A recuperação do paciente se dá entre dois e três dias.

Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca