Foto: Wladimir Marcon

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A safra de Tabaco, binômio 2013/2014, foi oficialmente encerrada na última semana. Tendo iniciado aproximadamente em julho do ano passado, a safra se estendeu até julho de 2014, pois compreende o plantio, desenvolvimento da cultura, colheita, cura e preparo do produto para a efetiva comercialização.

A safra que se encerra apresentou dados dentro do planejamento das companhias, notadamente no que diz respeito ao volume produzido. Quanto à qualidade, no entanto, não se pode dizer que tenha sido a esperada. Como consequência direta da escassez de chuvas entre novembro e janeiro, parte das lavouras se desenvolveu com dificuldade, resultando num produto, senão ruim, abaixo das exigências do mercado.

A Gerência de Classificação da CIDASC, segundo seus técnicos, observou que a falta de chuvas não permitiu que parte das lavouras se desenvolvesse adequadamente, interferindo, inclusive, no processo de cura. Quando isso acontece, uma das consequências é a perda de brilho, baixa oleosidade, perda de resistência (baixa elasticidade) e aroma desagradável das folhas curadas. Produtos com tais características são enquadrados no subtipo “K”, que tem baixo valor de mercado.

Foto: Wladimir Marcon

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Apesar disso, e considerando que boa parte do que foi comercializado apresentou boa qualidade, as empresas fumageiras praticamente não compraram no subtipo K, valorizando um pouco melhor o produto produzido em Santa Catarina. Também colaborou para a comercialização a paridade do dólar com o Real, já que o mercado esperava que o dólar se mantivesse acima de R$ 2,20, o que acabou por acontecer.

Vale ressaltar que os produtores de tabaco de Santa Catarina tem elevada capacidade técnica, o que permite, apesar das inconsequências do clima, que tem se repetido mais sistematicamente, elaborar um produto final classificado como de “boa” ou “excelente qualidade”, contribuindo decisivamente para com a economia do Estado.

Fonte: Wladimir Marcon