Foto: ASCOM/CIDASC

“Ter meu pedacinho de chão foi o melhor que me ocorreu nesses últimos anos”, comenta entusiasmando Marcos Antônio Arnold. O agricultor familiar catarinense, há seis anos, adquiriu sete hectares de terra – em Campo das Flores, no município de Imbuia (SC) – pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF).

Por anos, Marcos e sua esposa Elenice trabalharam na terra arrendada, deixando com o proprietário boa parte do ganho alcançado com a roça de cebola. Em 2008, viu no Crédito Fundiário a oportunidade de realizar seu maior sonho, que era ter sua própria terra e dela viver dignamente, com mais renda. Desde então prosperou.

Hoje, o lucro obtido com a comercialização da cebola e do leite permitiu ao casal construir uma bela casa, comprar um carro bom e até um trator. “Nossa vida melhorou muito. Acho que 100%! Antes nosso lucro era pouco, agora temos mais condição, podemos nos programar e ter mais coisas. Pagamos a terra com satisfação, pois estamos investindo no que é nosso”, diz orgulhoso o beneficiário.

O PNCF

Criado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o Programa Nacional de Crédito Fundiário é uma política complementar à reforma agrária, pois permite a aquisição de áreas que não são passiveis de desapropriação. A iniciativa, gerida pela Secretaria de Reordenamento Agrário (SRA/MDA), atende agricultores familiares sem terra ou com pouca terra, principalmente jovens rurais.

Além da terra, o PNCF permite ao agricultor construir sua casa, preparar o solo, comprar implementos, ter acompanhamento técnico e o que mais for necessário para se desenvolver de forma independente e autônoma. Desde sua implantação, há dez anos, já beneficiou mais de 137 mil famílias, sendo 11,2 mil só em Santa Catarina.

Possui três linhas de financiamento – com juros que variam de 0,5% a 2% e assistência técnica de cinco anos – e selos adicionais para jovens, negros não quilombolas, mulheres e para projetos ambientais, sendo uma importante alternativa para agricultores familiares, principalmente para a juventude.

Fonte: Portal do Ministério do Desenvolvimento Agrário