Santa Catarina alcançou uma posição invejável quando o assunto é produção de leite. É o quarto Estado com maior produção no Brasil e o oeste contribui significativamente para esse status já que 70% do leite de Santa Catarina são produzidos na região. Diante de tal situação, se faz necessário uma estrutura preocupada com o desenvolvimento e inovação da cadeia produtiva a fim de garantir a qualidade do leite.
É justamente isso que propõe o Núcleo de Ciência, Tecnologia e Inovação do Leite que deve ser implantado em Pinhalzinho. O projeto faz parte de uma política de integração fronteiriça e foi elaborado por membros da Udesc, Epagri, CIDASC, Sebrae/SC, Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão e Cooperativa Central Aurora Alimentos.
Na noite de quinta-feira, 22-05-14, representantes das entidades envolvidas reuniram-se com o secretário Nacional de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Caio Rocha, na Mercoláctea 2014.
De acordo com a professora do curso de Engenharia de Alimentos, da Udesc, Suzane Miorelli, o projeto é de conhecimento do ministro da Integração Nacional, Francisco José Coelho Teixeira, que garantiu a disponibilidade de recursos para o projeto que prevê o fortalecimento da região de fronteira de Santa Catarina com Argentina, abrangendo 82 municípios, do extremo-oeste até Concórdia. “A proposta só foi aceita no Ministério porque atenderá toda a cadeia produtiva, desde o produtor, comercialização e inovação”, explica a professora.
A estrutura do Núcleo oferecerá uma usina-escola, que capacitará os produtores para fabricação de derivados de leite; um Centro de Inteligência com equipamentos de alta tecnologia para pesquisa de ponta e desenvolvimento de novos produtos e processos; e o Laboratório da Qualidade do Leite, com capacidade de processamento de 300 litros por hora, que fará análises para identificar a presença de microorganismos, sanidade da vaca e teor de gordura ou medicamentos para gerar documentos obrigatórios exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para comercialização do produto.
“Estamos trabalhando intensamente para atingirmos todos os requisitos e prazos. Nossa intenção é colocar Santa Catarina no cenário mundial, como uma referência na produção leiteira”, ressalta a professora. Segundo Suzane, “todos se mostraram preocupados com a qualidade do leite comercializado e industrializado no Brasil e consideram que é um problema bom porque tem solução. No entanto, temos consciência da necessidade de um trabalho muito grande para conseguir mudar a cultura de produção realizada no País”.
Fonte: MB Comunicação