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O cooperativismo catarinense – estruturado no campo e na cidade – continua em ascensão e crescerá 15% neste ano, de acordo com projeções da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc). A expressão do setor é reconhecida nacionalmente: as 254 cooperativas catarinenses reúnem 1,6 milhão de famílias associadas e mantêm 49.149 empregos diretos, faturam mais de R$ 20 bilhões de reais por ano e representam 11% do PIB catarinense.

Ao apresentar avaliações e projeções, o presidente da Ocesc, Marcos Antonio Zordan, destacou que em 2013 o setor voltou a investir na base produtiva, na diversificação de produtos e serviços e na qualificação de colaboradores, dirigentes e associados. A receita operacional bruta atingiu 20 bilhões e 16 milhões de reais, com incremento de 14,82%. Foi o quinto ano consecutivo de crescimento, após a crise financeira internacional de 2008/2009 que atingiu todos os continentes. Para 2014 a previsão é repetir a taxa de crescimento de 15%.

O quadro social teve uma expansão de 11,67%, alcançando 1 milhão 623 mil pessoas. Consideradas as famílias cooperadas, isso significa que metade da população estadual está vinculada ao cooperativismo. A projeção de aumento do número de cooperados (associados) às cooperativas barrigas-verdes para 2014 é de 17%. Zordan destacou que também cresceu em 14,79% a participação da mulher no quadro social das cooperativas de SC. Atualmente, 35,75% dos associados são do sexo feminino, índice que, até o fim deste ano, chegará a 40%.

O quadro geral do desempenho das cooperativas revela que em 2013, o número total de empregados aumentou 14,40%, passando a 49.149 colaboradores. Em 2014 deve ampliar em mais 11%. Em 2013 as cooperativas catarinenses recolheram 1 bilhão 278 milhões de reais em tributos, sendo 876,6 milhões de reais de geração de impostos sobre a receita bruta e 401,6 milhões de reais de geração de contribuições sobre a folha de pagamento de salários. Isso representa 24% a mais que o ano anterior e deve ainda subir 15% em 2014.

As cooperativas dos ramos agropecuário, saúde, crédito, consumo, infraestrutura e transporte registraram o movimento econômico mais expressivo.  As 54 cooperativas agropecuárias representam 65% do movimento econômico de todo o sistema cooperativista catarinense. No conjunto essas cooperativas mantêm um quadro social de 67.517 cooperados e um quadro funcional de 31.659 empregados. O faturamento anual do ramo agropecuário totalizou 13 bilhões 190 milhões de reais.

O ramo de saúde com 30 cooperativas e 10.753 associados, faturou 2 bilhões 359 milhões de reais. O ramo de crédito, formado por 67 cooperativas que reúnem 989.763 cooperados (associados), teve movimento de 1 bilhão 980 milhões de reais. O ramo de transporte, formado por 24 cooperativas teve 1 bilhão 276 milhões de reais de movimento, beneficiando 16.739 cooperados. No ramo de infraestrutura atuam 33 cooperativas de eletrificação rural com 295.339 associados. Em 2013 essas cooperativas faturaram 449,2 milhões de reais. As 12 sociedades cooperativas que atuam no ramo de consumo com 230.999 associados, faturaram 720,9 milhões de reais no ano passado.

Os ramos de trabalho, produção, habitacional, mineral, especial e educacional, mesmo com menor expressão econômica, são instrumentos para a promoção de renda às pessoas físicas, que organizadas na forma de cooperativas prestam serviços especializados aos mais diversos segmentos da sociedade. São 34 cooperativas formadas por 12.113 cooperados que em 2013 geraram 39,9 milhões de reais em receitas. Marcos Zordan também informou que o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/SC), vinculado à Ocesc, investiu em 2013 R$ 12,7 milhões de reais para ações de formação profissional que beneficiaram 111.079 pessoas e ações de promoção social que atenderam outras 21.307 pessoas – entre associados, empregados e dirigentes de cooperativas.

Fonte: Ocesc