Segurança alimentar e a responsabilidade profissional do engenheiro agrônomo será o tema central do 8º Congresso Estadual de Engenheiros Agrônomos que, durante os dias 28, 29 e 30 de maio, na sede da FIESC, em Florianópolis, irá mobilizar engenheiros agrônomos de toda Santa Catarina. São esperados para o evento mais de 350 participantes, entre profissionais da área, docentes e estudantes de agronomia. Projeções indicam que o Brasil em alguns anos deve tornar-se o maior produtor mundial de alimentos.

 
Por outro lado, existe uma necessidade e uma demanda cada vez maior da sociedade por alimentos sem agrotóxicos, seguros e de procedência conhecida. A projeção da falta de alimentos tem trazido preocupação ao mundo e mostra-se uma boa oportunidade para o crescimento da agricultura familiar e do agronegócio como um todo. Segundo especialistas em economia agrícola, o País é uma das nações mais preparadas para suprir a atual escassez de alimentos, segundo Raul Zucatto, coordenador da comissão organizadora do evento e engenheiro agrônomo, “temos ganho mercados, lucros para nossos agricultores e ainda aumentado à produção de alimentos, com menor ou igual área cultivada”.
 
O Brasil é visto pelos órgãos internacionais (FAO e OCDE) como o celeiro do mundo, a “grande fazenda”. Estima-se que até 2050 o mundo vai necessitar de 70% a mais de alimentos. O Brasil deve ser o responsável por 40% deste aumento na produção mundial. “Como profissionais da agronomia, somos o principal agente dessa conjuntura. O Brasil já é líder na produção de diversos produtos agrícolas, como carne bovina, suco de laranja e soja. Amanhã, poderá ser o celeiro do mundo, a solução do problema da inflação dos alimentos”, destaca Zucatto. E completa: “Estamos vindo de uma safra muito boa, rentável ao produtor, com muito investimento em tecnologia. Isso implica aumento de produtividade e dá uma boa perspectiva para a agricultura familiar e para o agronegócio”.
 
O agronegócio vem passando por intenso processo de profissionalização, que é intimamente ligado à melhoria de produtividade, a tecnologia usada nas lavouras, que de um modo geral, é considerada de ponta, permitindo produtividade tão boa quanto à de países do primeiro mundo. Segundo Zucatto, temos espaço, clima e agora tecnologia. “Acredito que, se fizermos todo o trabalho certo, poderemos dobrar nossa produção agrícola e triplicar as exportações do agronegócio, hoje na casa de US$ 50 bilhões anuais”, justifica o coordenador do 8º Congresso Estadual de Engenheiros Agrônomos.
 
Como nos anos recentes a agropecuária catarinense cresce menos que a nacional, de 2006 para cá a participação de Santa Catarina tem diminuído tanto na área animal quanto vegetal, mas principalmente na vegetal, o que ocorre tanto pela redução da área plantada com grãos no Estado como pelo seu crescimento em outros Estados. Além disso, pesa também o fato de a produção de carnes (frango e suínos) estar crescendo mais em outros Estados do que em Santa Catarina; embora cresça também aqui, mas com redução de produtores. Apesar disso, em 2010 a participação da agricultura na formação do Produto Interno Bruto (PIB) ainda era maior no Estado do que no País – 8,1% contra 5,9%.
 
Nas exportações, enquanto no Brasil o agronegócio representa 35% do valor total das exportações, em Santa Catarina representa 62%. Isso se deve muito às exportações de frango, suíno, fumo, complexo soja e à indústria da madeira papel e papelão, não necessariamente nessa ordem. Na agricultura alguns posicionamentos do Estado: Cebola (1º); Maçã (1º); Alho (2º); Arroz (2º); Fumo (2º); Banana (3º); Trigo (3º); Uva (5º); Batata – inglesa (6º); Feijão (6º); Tomate (7º); Milho (8º); Mandioca (12º); Soja (12º).
 
Fonte: IBGE – LSPA: Safra 2011/12.
 
Sem dúvida este tema vai merecer da coordenação do evento, uma atenção especial, talvez tanto ou mais quanto a presença do Ministro da Agricultura, Neri Geller, recentemente empossado, para a abertura do evento além do comprometimento de mais políticas públicas para Santa Catarina, onde ações, contratos e aditivos podem ser traçados com sua vinda.

A Comissão Organizadora Estadual e as Subcomissões Técnicas Setoriais estão em intenso trabalho para que este evento seja de ótima qualidade científica, um grande sucesso, proporcionando a seus participantes a possibilidade de atualização profissional, aliado ao fortalecimento da estrutura organizacional da categoria, da representatividade classista e a valorização profissional do Engenheiro Agrônomo.

Preenchem a lista da Comissão Organizadora: o Coordenador Raul Zucatto da FEAGRO/SC, o Coordenador Adjunto Vlademir Gazoni da SEAGRO/SC, o Secretário Ari Neumann da FEAGRO/SC, o Secretário Adjunto Leonel Ferreira Jr da UNEAGRO/SC. Representando a CIDASC, Rosangela Bassi Astromecas e Gilberto Gava.

Fonte: Comissão Organizadora do 8º Congresso Estadual de Engenheiros Agrônomos