Garantir a sanidade no Brasil está entre as principais atribuições da Defesa Agropecuária oficial. Por isso, as medidas para prevenção de doenças são rigorosas, tanto para animais nascidos no país quanto aos que vêm de fora. Com surtos no exterior de enfermidades como a Diarreia Epidêmica Suína (PED, em inglês), as ações visando à segurança sanitária são reforçadas.
A responsabilidade pelas medidas de fiscalização é do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (DSA/Mapa). Para aumentar a segurança nas importações dos Estados Unidos (aonde há ocorrências da PED desde maio do ano passado) e de todos os países que exportam suínos vivos de alta genética, material genético suídeo e insumos para ração, foram adotados procedimentos técnicos como o aumento do rigor dos requisitos sanitários para essas transações.
Está prevista, também, uma viagem de fiscais federais agropecuários do Mapa aos Estados Unidos para averiguar in loco o cumprimento das condições sanitárias exigidas pelo governo brasileiro.
Além disso, todas as importações de suínos para o Brasil somente ocorrem após exames no país de origem e quarentena de no mínimo 30 dias em uma ilha de biosseguranca máxima em Cananéia (SP), o que afasta a possibilidade da entrada de doenças como a PED, entre outras, em território nacional.
Outra ação adotada diz respeito às Superintendências Federais de Agricultura (SFAs) dos estados. O DSA/Mapa determinou que todas as solicitações de importação devem ser remetidas para análise e aprovação exclusivamente do Departamento, em Brasília.
“Para esclarecer o setor privado nacional, o governo tem promovido reuniões técnicas sobre a doença no intuito de reduzir os boatos e especulações a respeito, ainda mais quando existe uma lacuna de informações oficiais por parte dos organismos internacionais competentes ”, explica o diretor da DSA, Guilherme Marques, acrescentando que nunca houve o ingresso de uma enfermidade de suínos no Brasil via importação oficial.
Fonte: ABCS