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O engenheiro agrônomo Clenoir Soares assumiu a presidência do Comitê de Gerenciamento das Bacias Hidrográficas dos Rios Chapecó e Irani e Bacias Hidrográficas Contíguas, em assembleia realizada no auditório da Unoesc – Universidade do Oeste de Santa Catarina, em Chapecó, SC.

Soares, que atua na Cooperalfa, assumiu o cargo representando a Ocesc – Organização das Cooperativas do Estado, substituindo Antônio Fernando Baptiston. O engenheiro agrônomo Ivan Baldissera, representante da Epagri – Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina, assumiu a vice-presidência do Comitê. A diretoria permanece à frente do Comitê até 2016. O Comitê foi criado através de Decreto Estadual em setembro de 2010, após a proposta ter sido aprovada no Conselho Estadual de Recursos Hídricos, órgão da SDS – Secretaria de Desenvolvimento Sustentável. Antônio Baptiston permaneceu na presidência do Comitê da data de sua criação até o momento.

“Há a necessidade de um processo de gerenciamento dos recursos hídricos, de forma que todas as atividades que necessitam da água para o seu desenvolvimento, tenham acesso”, comentou Baptiston. O processo de gestão dos recursos hídricos em Santa Catarina ainda está em processo inicial. “Ainda não se estabeleceu sequer uma forma definitiva de outorga”, completou o ex-presidente.  Conforme explicou Baldissera, a principal função do Comitê é ser um fórum de debate e homologação do uso sustentável dos recursos hídricos. “Não temos bandeira A nem B.

Nossa bandeira é a sustentabilidade. Precisamos mudar a percepção das pessoas de que elas não estão de fora da natureza, mas fazem parte dela”, destacou Baldissera.  O presidente disse que o principal desafio agora é fortalecer o Comitê, que é o terceiro maior do Estado em extensão. “Vamos chamar as entidades que fazem parte na tentativa de democratizar a gestão. O Comitê envolve tanto o Poder Público como a própria sociedade civil organizada ou a população que vive na região hidrográfica e, principalmente, os usuários de água”, disse Soares. A nova diretoria também terá o desafio de buscar recursos para operacionalizar o Comitê, de forma que seus trabalhos possam alcançar todos os locais da bacia hidrográfica.

“Queremos que as pessoas tenham conhecimento da existência do Comitê e que consigamos iniciar o trabalho proposto no nosso plano de ação”, afirmou Soares. A busca de recursos que provém do Banco Mundial é um processo dificultoso, explicou Soares. “Passa por diversas entidades federais e estaduais, tudo embasado em projeto. A legislação para isso também é complicada, para um valor que não ultrapassa R$ 150 mil por ano”. A proposta de trabalho da nova gestão do Comitê está dividida em cinco áreas: compatibilização de conflitos de uso da água; qualidade da água; águas subterrâneas; articulação institucional e educação ambiental.

Esta última prevê a realização de quatro seminários e três oficinas no próximo ano, envolvendo membros do Comitê e usuários da bacia hidrográfica.  A área de atuação do Comitê abrange 63 municípios e mais de 500 mil habitantes. O Comitê é formado por 65 entidades públicas e privadas, entre elas Polícia Ambiental, Fatma, ACCB – Associação Catarinense de Criadores de Bovinos, ACR – Associação Catarinense de Reflorestadores, Consórcio Iberê, Agenda 21, associações dos municípios da área de abrangência, Casan – Companhia Catarinense de Águas e Saneamento, Faesc – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina, Unoesc, UFFS – Universidade Federal da Fronteira Sul, Cisamosc, entre outras.

Fonte: Coopetralfa