Apesar da estiagem prolongada, as perdas nas lavouras de soja e milho em Xanxerê (SC) são pontuais. No último final de semana, as chuvas amenizaram as condições das plantações. A região do Planalto Norte, uma das mais afetadas, deve ter uma quebra de 15% no rendimento das lavouras do cereal. A seca ainda afetou a produção de gado de corte e produção leiteira no estado, com as perdas nas pastagens.

Segundo o presidente do Sindicato Rural do município, Enori Barbieri, mesmo com os problemas pontuais, os produtores conseguem colher, em média, 60 sacas de soja por hectare, no milho, a produtividade alcança 200 sacas/ha. Porém, mesmo com o alto rendimento das plantações do cereal, o estado terá que importar mais de 3 milhões de toneladas de outras regiões, inclusive do Paraguai, para abastecer o sistema agroindustrial.

A área cultivada com o milho vem diminuindo ao longo das safras, o estado já semeou mais de 800 mil hectares, mas, atualmente, o número é de 400 mil hectares. “O produtor acaba optando por um produto de maior liquidez e menor custo de plantio, no caso a soja. E com o preço do milho, em torno de R$ 23,00, não é estimulante ao agricultor”, explica Barbieri.

Consequentemente, os custos de produção das proteínas animais estão mais caros, situação que preocupa os avicultores, suinocultores e pecuaristas do estado. Além disso, a saca de milho que é negociada a R$ 12,00 no Centro Oeste, chega à região com preço de até R$ 25,00. Ainda assim, na visão do presidente, o ano de 2014 deve proporcionar rentabilidade aos agricultores catarinenses.

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