Foto: Foto: James Tavares/Secom

O governador Raimundo Colombo assinou no dia 3, segunda-feira, em Florianópolis, um termo de cooperação técnica para ceder ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) quatro engenheiros agrônomos e cinco técnicos agrícolas. Eles vão reforçar as equipes responsáveis pela fiscalização das importações e exportações nos portos catarinenses. Duas equipes formadas por dois engenheiros e dois técnicos vão atuar no Porto de Itapoá e no Terminal de São Francisco do Sul. O Porto Seco em Dionísio Cerqueira receberá apoio de mais um técnico.

Colombo disse que os novos profissionais vão reforçar e apoiar a estrutura existente, para que se ganhe tempo na liberação e no dinamismo nos locais. “Os terminais são vetores fundamentais para o desenvolvimento do nosso estado. Até o Governo Federal fazer  concurso para reforçar esses postos, nós podemos ter prejuízos. Por isso estamos deslocando nossos técnicos para atuar como apoio e aumentar a vantagem estratégica para fortalecer a nossa economia..”

Santa Catarina tem cinco portos marítimos que movimentam cerca de 14 milhões de toneladas por ano com acesso de navios de até 45 mil toneladas e operam com contêineres. Há linhas regulares entre o Estado e os principais portos do mundo.

O presidente da CIDASC (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina), Enori Barbieri explicou que o interesse do Estado em apoiar os portos é econômico e sanitário. “Não estamos tiramos o lugar dos fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura, que tem função que é delegada somente a eles, que é a de fiscalização.  Os agrônomos e técnicos cedidos vão colaborar em preparar os processos para os fiscais agropecuários federais.”

O presidente do Porto de Itapoá, Patrício Junior, disse que a unidade está operando há dois anos e meio e não tinha nenhum fiscal alocado no porto. “Contamos sempre com a ajuda dos excelentes funcionários do Ministério da Agricultura que vão toda a semana ao terminal.”

O presidente do Porto de São Francisco, Paulo Corsi, disse que a demanda do porto é 70% de origem agrícola, exportação de soja,o que muitas vezes se torna um  gargalo. “Hoje temos navios que às vezes esperam por até dois dias para ter um documento para que possa ser liberado. Esse apoio técnico administrativo que o Governo do Estado vai desafogar o trabalho está oferecendo vem ao encontro desse gargalo que hoje existe. Um navio parado representa U$ 30 a U$ 50 mil dólares por dia.”

Saiba mais:

Porto de Itapoá – Hoje o terminal possui uma estrutura de 156 mil metros quadrados. Movimenta por ano 500 mil TEUS (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). Deve ser ampliado neste ano, o deve aumentar em 300% a capacidade de movimentação de cargas, o que vai representar aproximadamente 2 milhões de TEUs ao ano.

Porto de São Francisco – É o segundo maior porto do país em movimentação de carga não conteinerizada, movimenta 12% dos grãos exportados pelo Brasil. Recebeu investimentos de R$ 40 milhões em 2013 em 2013 para ampliar a capacidade operacional. A previsão é que com esta obra a capacidade do porto aumente em 20% em 2014.

Fonte: Secretaria de Estado de Comunicação