A partir do final de março, os criadores de cavalos e mulas terão uma facilidade em Santa Catarina. Será possível emitir a GTA (Guia de Trânsito Animal) pela internet. O objetivo da CIDASC é ampliar a modernização do setor produtivo e atender uma reivindicação dos próprios criadores de equinos.
De acordo com o veterinário da CIDASC em São Miguel do Oeste, Guilherme Zaha Takeda, todo trânsito de animal vivo só pode ser feito se acompanhado da GTA. “Mesmo que for dentro do município, de uma propriedade para outra, para o frigorífico ou trânsito a pé, todos os animais têm que estar acompanhados de GTA”, alerta ao explicar que desde o ano passado a possibilidade já existia para os criadores de bovinos.
O veterinário exemplifica que, a partir de abril (previsão para lançamento), a única diferença para os criadores é que ao participar de um rodeio ou de uma cavalgada, por exemplo, a GTA poderá ser emitida de casa, sem necessidade de ir até o escritório da CIDASC. “Nós continuamos fazendo a fiscalização e, em caso de irregularidade, autuamos”, frisa ao acrescentar que para quem transitar com animal vivo sem a Guia é aplicada multa e, dependendo da situação, pode até haver interdição da propriedade.
O secretário da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, destaca que a tecnologia é uma ferramenta indispensável para a competitividade, maior produtividade, eficiência, e para fazer mais com menos. “A e-GTA simplificou e agilizou o trabalho”, comenta.
e-GTV
Outra novidade está programada para abril, quando será lançada a e-GTV (Guia de Trânsito Vegetal Eletrônica). Daí, os produtores de alguns tipos de frutas e hortaliças, que têm potencial para transmitir ou levar pragas e disseminar em outros estados e vice-versa, também poderão emitir o documento pela internet.
Com a implantação, o produtor, previamente cadastrado, poderá acessar o sistema da CIDASC via internet e requerer a emissão da Guia de qualquer computador com acesso à rede, segundo explica o engenheiro agrônomo da Companhia, em São Miguel do Oeste, Rodolfo Saldanha.
Ele ressalta que no caso dos vegetais, não há necessidade de emissão do documento quando a comercialização é feita dentro do Estado. “É uma exigência por uma questão sanitária e também mercadológica”, argumenta, ao citar que produtores de pêssego de Descanso, que vendem a fruta para o Paraná, por exemplo, podem se beneficiar da mudança no sistema.
O presidente CIDASC, Enori Barbieri, explica que essa inovação foi possível por meio do desenvolvimento de um novo sistema virtual. Ele complementa que a facilidade não beneficia só os produtores, mas também os profissionais de fiscalização, que terão, no momento de abordagem a uma carga, a possibilidade de verificar de forma rápida e segura a veracidade da Guia emitida.