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A expectativa para o setor de suínos em 2014 é positiva. Os grandes eventos que o Brasil sediará este ano, como a Copa do Mundo, e a consequente vinda de turistas devem aumentar o consumo de carne suína, é o que afirma o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos, Valdomiro Ferreira Júnior. “Isso ocorrerá principalmente porque nós vamos receber muitos europeus no Brasil, em função da Copa do Mundo, e já que o principal consumidor de carne suína é o europeu, nós teremos um mercado interno atraente para os próximos seis meses” afirmou. De acordo com ele, a oferta segue restrita, com uma baixa oferta de animais vivos, o que deve garantir preços maiores neste início de 2014. Agentes do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) também esperam que 2014 sejam positivos para a suinocultura, com cotações firmes. Do lado da oferta, o cenário deve permanecer estável, contribuindo para sustentar as cotações, informou o Cepea. Conforme o presidente da APCS, a relação de troca entre o farelo de soja e o suíno resultou na perda de 17,63% para o suinocultor. Já em relação ao milho, os criadores tiveram um ganho de 32,54%. No entanto, o custo de produção tem uma tendência de alta em 2014, em função dos valores dos grãos, principalmente milho e soja. O especialista fez um alerta para que os criadores fiquem “de olho” na questão do milho. Ele aconselhou os pecuaristas a estocarem o mais rápido possível em função do fluxo de caixa, já que o suinocultor está um pouco capitalizado. Quanto às exportações, o clima também é de otimismo.  Segundo o Cepea, esse cenário se deve à consolidação do relacionamento entre Brasil e Japão e o aumento dos embarques para outros mercados. Para o presidente da APCS, a expectativa de exportação é muito boa, principalmente no segundo semestre do ano, quando o setor prevê embarcar de 700 a 750 toneladas. Ferreira Júnior fez um balanço do ano de 2013. Segundo ele, o ano passado foi de recuperação dos preços da carne suína. O setor fechou o ano com o preço em torno de R$ 80,00 a arroba, o equivale a R$ 4,27 o quilo vivo. O especialista destacou que a procura foi boa no final do ano.

Fonte: CEPEA