A parceria que a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de SC (Cidasc) firmou com o Sebrae/SC na semana passada – para capacitação e certificação das empresas catarinenses que utilizam matéria-prima de origem animal – foi elogiada pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo.
A Cidasc habilitará os pequenos frigoríficos ao SISBI – Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal. Essa habilitação dá à empresa condições de comercializar seus produtos em todo o território nacional.
Em um primeiro momento, a Cidasc visitará as indústrias que buscam a certificação e orientará quanto as adequações necessárias para a habilitação. Em seguida, o Sebrae/SC prestará consultoria a essas empresas, orientando-as sobre a melhor maneira de fazerem as adequações solicitadas. A habilitação ao SISBI abre, a cada empresa, um mercado potencial de 200 milhões de consumidores no território nacional, em contrapartida a um mercado de cerca de 6 milhões, representado pelo cenário estadual.
Depois de receber a certificação da Cidasc, a empresa ainda poderá contar com a orientação do Sebrae/SC no ajuste das embalagens para a inclusão da marca SISBI e também com consultoria de acesso ao mercado. A inspeção de produtos de origem animal pelo Sistema SISBI impõe altos padrões de segurança sanitária e de qualidade dos produtos de origem animal, dando garantias ao consumidor.
O presidente da Faesc destacou que as pequenas agroindústrias terão maior competitividade e julgou um grande avanço para a agroindústria barriga-verde a inclusão de Santa Catarina no Sisbi–POA, que integra o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). “Temos muitos laticínios e frigoríficos de pequeno porte com grande qualidade em produtos lácteos e cárneos que não tinham a oportunidade de exportar a produção para outros Estados”, expôs Pedrozo.
A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina fará a inspeção higiênico-sanitária e tecnológica em conformidade com as normas do Ministério da Agricultura. Para garantir o ingresso no Sisbi, as indústrias passam por auditorias que avaliam procedimentos de serviço, documentos e planilhas. Também são realizados treinamentos com o quadro funcional, bem como cursos em parceria com o Ministério da Agricultura com o propósito de harmonizar e padronizar os procedimentos de inspeção. Esses fabricantes de produtos de origem animal receberão um selo que identifica os estabelecimentos, ou indústrias de alimentos, incluídos no Sisbi-POA. A medida beneficia, principalmente, os pequenos e médios produtores.
A Cidasc tem 800 agroindústrias catarinenses cadastradas na Inspeção Estadual. A meta é que em três anos, destes 800 estabelecimentos, 300 recebam o selo do Sisbi.
A Faesc apoiou, desde 2006, a criação do Suasa com a finalidade de ampliar a inspeção dos alimentos de origem animal e vegetal. O sistema de defesa agropecuária inclui atividades de sanidade, inspeção, fiscalização, educação sanitária, vigilância de animais, vegetais, insumos, produtos e subprodutos de origem animal e vegetal.
Fonte: MB Comunicação