“Os primeiros resultados são animadores, os produtores treinados na primeira etapa do programa apresentam indicadores altamente positivos no que diz respeito à qualidade do leite entregue às agroindústrias e cooperativas”, comemora o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC), Gilmar Antônio Zanluchi, sobre a avaliação do programa “Leite Legal – Produção de Qualidade”.
A iniciativa está sendo executada em todo o Brasil pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em convênio com o Senar e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O programa tem como objetivo capacitar os produtores rurais para atingir os parâmetros mínimos de qualidade de leite exigidos pela Instrução Normativa 62 (IN-62), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que estabelece os critérios do produto para ser recebido e aproveitado pelas agroindústrias.
De acordo com o coordenador de pecuária do Senar/SC, Olices Osmar Santini, a IN-62 trata da qualidade do produto que deverá ser apresentado para o aproveitamento pelas agroindústrias, quanto a sua composição, níveis máximos de contaminação bacteriana após a ordenha, controle de mastite e normas para o resfriamento e seu transporte. O programa aborda o diagnóstico, controle e prevenção da mastite bovina, técnica de ordenha higiênica, higienização e sanitização de equipamentos, instalação e utensílios de ordenha.
Além disso, os participantes do treinamento aprendem sobre a importância da qualidade da água utilizada na atividade leiteira e do resfriamento do leite na manutenção da qualidade do produto. “Essas medidas são importantes na redução dos casos de mastite no rebanho leiteiro do Estado e na redução da contaminação bacteriana do leite após a ordenha”, realça Santini. Em Santa Catarina o programa teve início em julho deste ano na região do meio oeste e até a segunda semana de dezembro totalizarão 125 treinamentos concluídos, beneficiando 1.125 produtores ligados as principais indústrias e cooperativas de laticínios do Estado. Para a execução do programa, o Senar/SC conta com 22 instrutores que prestam serviços a instituições e que foram especialmente treinados para ministrar o conteúdo.
A meta para Santa Catarina estabelece a realização de 400 treinamentos, beneficiando 6.000 produtores, em dois anos. De acordo com Santini, dois pontos têm sido primordiais para consolidar a ação no Estado. A primeira refere-se à cooperação e parceria das principais agroindústrias e das cooperativas que tem sido fundamental para atingir a melhoria da qualidade do leite produzida em Santa Catarina. A segunda remete a aceitação dos produtores, uma vez que a primeira etapa é teórica e, a outra, é aplicada nas propriedades com orientação individual. “A atenção diferenciada é um dos grandes atrativos do programa, já que são visitadas as propriedades de todos os participantes”, complementa.
Fonte: MB Comunicação