O Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, lançado nesta semana pela presidenta Dilma Roussef, apresenta 125 iniciativas para apoiar o aumento do cultivo e do consumo de alimentos orgânicos no País

Foto: Vinícius Morales Porto

O Plano é fruto de construção participativa, envolvendo 10 ministérios, além de outros órgãos do governo e dos movimentos sociais do campo e da floresta, entre eles a Embrapa, e servirá como instrumento para implementação da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo).

Durante três anos, serão investidos R$ 8,8 bilhões em ações de incentivo para programas e ações que promovam a transição agroecológica e a produção orgânica e de base agroecológica, possibilitando à população a melhoria da qualidade de vida por meio da oferta e do consumo de alimentos saudáveis e do uso sustentável dos recursos naturais.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, disse que o plano vai integrar um conjunto de política, envolvendo quatro eixos: produção; uso e conservação dos recursos naturais; conhecimento; comercialização e consumo.

Já a presidenta Dilma enfatizou que é possível ter uma produção rural compatível com o meio ambiente: “Nessa equação que queremos estruturar – crescer, incluir, distribuir renda, proteger e conservar – nós queremos também uma produção agroecológica”. Dilma ainda afirma que o Brasil tem dado importantes passos no caminho da sustentabilidade e a assinatura desse documento é mais um passo nesse sentido, já que é possível produzir com qualidade alimentos orgânicos da agroecologia.

A Participação da Embrapa no Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica,

O Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica tem grandes focos de atuação dos órgãos envolvidos – a Embrapa terá neles uma atuação expressiva. Os objetivos, entre outros, são ampliar e fortalecer a produção, a manipulação e o processamento de produtos orgânicos e de base agroecológica e os processos de acesso, uso, gestão, manejo e conservação dos recursos naturais. A valorização da cultura local e o intercâmbio do conhecimento também estão incluídos entre os objetivos.

A agroecologia e a produção orgânica no País tem ganhado, cada vez mais, prioridade dentro da Empresa, que tem se articulado para propor e desenvolver projetos com ênfase nas temáticas de agroecologia e agrobiodiversidade, e, em 2012, lançou o Portfólio Sistemas de Produção de Base Ecológica da Embrapa, dentro do qual já foram aprovados cinco novos projetos. No contexto do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica estarão em execução 41 projetos, mais esses cinco novos aprovados no Portfolio. A ideia é contribuir para a geração de conhecimentos e tecnologias para os sistemas de produção de base ecológica.

Fonte: FAESC