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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apresentou na quarta, dia 2, um novo inseticida biológico para combater a lagarta Helicoverpa. O produto teve a utilização autorizada emergencialmente nas lavouras de algodão e soja do país. A expectativa é reduzir em até 80% o impacto da praga. O anúncio da medida ocorreu na Câmara Temática de Agricultura Sustentável e Irrigação do Mapa.

O representante do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola Rodrigo Naime Salvador explica que o biodefensivo, além de garantir um manejo mais efetivo, terá um baixo impacto ambiental.

– É um produto totalmente natural, obtido, inclusive, naturalmente.

Ele esclarece que um ciclo de contaminação pode reduzir consideravelmente a incidência da praga, já que as lagartas que se alimentarem de outras que morreram pelo vírus, também serão contaminadas.

Segundo o Mapa, o produto já recebeu o aval da Anvisa para ser comercializado.

– Foi registrado de forma provisória, mas faltam alguns complementos burocráticos que devem ser feitos pelas empresas – afirma o chefe da Divisão de Agricultura Conservacionista do Mapa, Maurício Carvalho de Oliveira. Ele estima que o processo seja finalizado em cerca de seis meses.

A Helicoverpa já foi encontrada em mais de 10 Estados brasileiros e se destaca pelo ataque intenso, pelo difícil controle por parte dos agricultores e pela capacidade de resistência aos defensivos. Na Bahia, a lagarta provocou prejuízos de mais de R$ 1 bilhão só na última safra.

– A palavra que nós temos hoje como ordem no controle da Helicoverpa é o monitoramento. Se o produtor utilizar apenas um produto químico, por exemplo, rapidamente a praga adquire resistência. Então, ele tem que usar um produto biológico, fazer o manejo correto no momento de aplicação, se não o produto perde eficiência. É necessário fazer o Manejo Integrado de Pragas (MIP) – disse o diretor-executivo da Aprosoja, Fabrício Rosa.

Fonte: Portal Agro Olhar