Foto: Governo de SC

A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) esclarecem que não são responsáveis pela fiscalização de cargas de fertilizantes que chegam pelo Porto de São Francisco do Sul. A Cidasc é responsável pela fiscalização de comercialização de agrotóxicos, sementes e mudas e somente classifica os produtos vegetais, como alho, maçã, banana, entre outros, que são inspecionados para garantir a sanidade no Estado.

O sistema de defesa sanitária vegetal constitui-se num trabalho estratégico e sistemático de monitoramento, vigilância, inspeção e fiscalização da produção e do comércio de plantas, partes de vegetais ou produtos de origem vegetal veiculadores de pragas, que possam colocar em risco o patrimônio agrícola e a condição socioeconômica de Santa Catarina.

O terminal da Cidasc no Porto de São Francisco do Sul é destinado para o embarque de grãos (soja, milho e farelo de soja) e o terminal de óleo vegetal já está desativado há oito anos, portanto, não é da competência deste órgão estadual nenhum trabalho relacionado à fiscalização de cargas de fertilizantes.

O acidente
Na noite de terça-feira, 24/09, uma carga de fertilizante à base de nitrato de amônio sofreu uma reação química em um galpão distante dois quilômetros do Porto de São Francisco do Sul, provocando uma grande nuvem de fumaça. No galpão estavam armazenadas cerca de 10 mil toneladas de fertilizantes. Desde o início, as ações foram concentradas na retirada das pessoas dos imóveis localizados no entorno do local.

A reação química foi interrompida às 6h08 desta sexta-feira, 27/09. A situação só foi controlada com o resfriamento do galpão. Foram 200 bombeiros trabalhando na operação que durou quase 60 horas. As pessoas que foram deslocadas de suas casas para os abrigos já estão voltando para suas residências.

Nesta sexta-feira, não há mais fumaça. Até o início da tarde havia apenas a presença do vapor d’água. Os bombeiros encharcaram a carga de fertilizantes para fazer a contenção do calor e, consequentemente, evitar explosões e novos danos ambientais. Foram utilizados cerca de dois milhões de litros de água na operação. Parte desta água fica retida no produto, enquanto o restante será drenado para uma piscina de lona. Depois isso, o material receberá uma destinação adequada.

Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca