Foto: ASCOM/CIDASC

De um inexpressivo mercado ao terceiro mais importante comprador de milho brasileiro. A mudança de cenário vem sendo protagonizada pelos Estados Unidos em menos de três anos. Enquanto em 2011 os norte-americanos adquiriram US$ 35,6 mil ou 6,7 toneladas do cereal produzido no Brasil, as compras saltaram para US$ 284,37 milhões ou 982,85 mil toneladas apenas entre janeiro e agosto deste ano. As informações são da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SRI/Mapa).

No ano passado, o país norte-americano já havia comprado um volume recorde de milho do Brasil: US$192,1 ou 726,8 mil toneladas. O panorama deve-se a uma das piores secas dos últimos 50 anos que afetou a produção dos EUA e levou à quebra da safra de milho na temporada 2012/13. A colheita prevista era de 375,7 milhões de toneladas, mas teve resultado consolidado de 272,4 milhões de toneladas, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês). O fator pesou no mercado internacional e favoreceu outros países exportadores do produto, como o Brasil.

No entanto, com a provável recuperação da produção norte-americana nas próximas safras, esse quadro deve mudar novamente. “Apesar da estiagem que afetou o meio oeste norte-americano em agosto deste ano, a safra daquele país voltará para o nível fantástico de produção de milho. Portanto, o volume exportado pelos EUA retornará ao patamar que os colocam como primeiro exportador mundial, já descontada a parcela que se destina à produção de etanol. Por outro lado, o Brasil firmou-se como o segundo maior exportador, ultrapassando a Argentina em 2012. Este ano deveremos ter outro resultado excepcional, vendendo ao exterior aproximadamente 20 milhões de toneladas”, explica o diretor do Departamento de Assuntos Comerciais do Agronegócio do Mapa, Benedito Rosa.

Nos primeiros oito meses de 2013, as exportações de milho brasileiro totalizaram US$ 3,28 bilhões, alta de 104,2% sobre os US$ 1,6 bilhão no mesmo período do ano passado. Os principais compradores, este ano, foram a Coreia do Sul (US$ 573,49 milhões), Japão (US$ 538,5 milhões), EUA, Taiwan (US$ 257,03 milhões) e Egito (US$ 240,94 milhões).

Fonte: MAPA