A produção de ostras e mexilhões de Santa Catarina é uma das maiores do Brasil. São 18 mil toneladas por ano, mas as normas sanitárias para a maricultura ainda deixam a desejar. Somente os moluscos vendidos para outros estados passam pela inspeção do Ministério da Agricultura.
O restante, cerca de 70%, vai direto do produtor para os restaurantes, os mercados públicos e as peixarias catarinenses. A partir do ano que vem isso vai mudar e a produção interna passará pela inspeção obrigatória de veterinários. O cultivo também será mais monitorado.
Mais do que nunca, as ostras de Santa Catarina precisam recuperar a boa imagem. O ano passado, o vazamento de um óleo cancerígeno atingiu 730 hectares na região que tem a maior produção do estado. Maricultores ficaram proibidos de cultivar e vender por três meses até que órgãos ambientais comprovaram que a ostra não estava contaminada.
Mesmo assim, o consumidor ficou com receio e a desconfiança ainda afeta o faturamento dos maricultores. As vendas chegaram a cair 50%. Para os produtores menores é ainda mais difícil contornar os prejuízos.
As vendas caíram 80% e hoje eles comercializam apenas 300 dúzias por mês. O selo de inspeção deve ajudar os maricultores porque agrega valor ao produto. Os produtores catarinenses estão focados na recuperação do setor.
Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de SC