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Depois de um longo período de margens neutras ou negativas, a suinocultura catarinense – a mais avançada do País – iniciou uma escalada de recuperação dos preços praticados na remuneração dos criadores de suínos. A Coopercentral Aurora Alimentos elevou o preço por quilograma de suíno em pé para R$ 2,86, incluída a tipificação (adicional por qualidade da carcaça).

Desde 1o de maio deste ano, quando o preço estabilizou em R$ 2,30, até esta semana, a remuneração básica (sem tipificação) do suinocultor teve uma recuperação de 13%. Neste mês de agosto foram concedidos três reajustes de preço no dia 8 (R$ 2,40), dia 15 (R$ 2,50) e dia 23 (R$ 2,60). O preço-base atual (R$ 2,60) é acrescido do adicional da tipificação, índice que pode chegar até 10%, o que elevou o valor pago ao criador para R$ 2,86/kg a partir desta semana.

Há uma forte tendência do preço praticado pela indústria na aquisição de suíno vivo continuar subindo até dezembro em razão de quatro fatores: o aumento das exportações com a reabertura das vendas para Ucrânia e Rússia; a diminuição da oferta em razão de redução da base produtiva verificada no primeiro semestre; o aumento do consumo interno em razão do inverno e o início da produção de itens cárneos típicos do fim de ano.

A previsão para o último trimestre é de equilíbrio entre oferta de matéria-prima e processamento industrial. Qualquer alteração desse equilíbrio afetará o nível de remuneração dos suinocultores. Ainda assim, a recuperação de ganhos dos criadores deve prosseguir até janeiro. De fevereiro a abril de 2014 entrará em sazonal fase de baixo dinamismo comercial e nível de consumo.

No plano externo, as exportações foram fracas, a Argentina suspendeu a compra da carne suína, a Rússia e a Ucrânia só retomaram as compras recentemente, os negócios com os Estados Unidos ficaram só na intenção. A abertura do Japão para a carne suína brasileira começa, somente agora, a traduzir-se, efetivamente, em vendas.

Fonte: Portal Economia SC