Foto: ASCOM/CIDASC

A cidade de São Joaquim, na serra catarinense, é maior produtora de maçã do país. O setor se prepara para mais uma safra e espera colher 400 mil toneladas da fruta. Volume de produção deve ser 50% maior do que no ano anterior.

Na propriedade do produtor Aldo de Souza, são plantadas 6 hectares da maçã dos tipos maxi gala, imperial gala, fuji, fiji mischina e suprema. Por safra, a produção média é de 250 toneladas. No mês de julho, a fase é de poda nos pomares. Segundo Souza, é indispensável que as árvores recebam a luz solar. O tradicional frio da região traz também a incidência de geada, o que prejudica o desenvolvimento das frutas.

De acordo com o produtor o custo de produção está em torno de R$ 0,40 por quilo. Os preços são considerados razoáveis, R$ 0,78 centavos pelo quilo da variedade gala, e R$ 0,86 na Fuji.

A maçã movimenta cerca de 70% da economia da cidade e é o principal produto da região. É o que diz o engenheiro agrônomo da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Marlon Couto.

– O Estado, hoje, responde por 50% da produção nacional da maçã. Em SC, são em torno de 2.500 produtores, o município de São Joaquim tem 1650 fruticultores – disse Couto.

Há quase quatro décadas, os imigrantes japoneses formaram uma colônia em na cidade, atraídos pela alta produtividade da fruta. Alguns anos depois, fundaram a Cooperativa Agrícola de São Joaquim (Sanjo) que, hoje, com 20 anos de existência, está consolidada e atende 78 cooperados.

Segundo o gerente de processamento da Sanjo, José Roberto Macedo, a cooperativa é conhecida pela qualidade da maçã que coloca no mercado. Possui 150 funcionários que trabalham no setor de embalagem das frutas. Por dia são embaladas em media 200 toneladas. O volume depende do clima, este ano a produção recebida foi de 38 mil toneladas.

Para 2014 a expectativa é receber ate 44 mil toneladas. A cooperativa é pioneira no selo de qualidade, chamado Pim, produção integrada de maçã. Um selo de certificação do Ministério da Agricultura.

– É preciso obedecer a uma série de normas pra conseguir essa certificação. A cada ano que se passa a cooperativa tem ido atrás de tecnologias novas pra tentar buscar essa consolidação do mercado e a permanência. Para estar no topo, entre as maiores e melhores – conclui Macedo.

No município de Fraiburgo, na região meio oeste do Estado, o frio contribuiu para a boa safra da fruta. Segundo os produtores, os pomares estavam em fase de dormência, que é quando a seiva desce para a raiz e as macieiras se fecham, como forma de recarregar as energias.

Fonte: Portal Agricultura Rural Br