O Programa Alimento Sem Risco teve início em Caçador há cerca de dois meses. Ele atua no combate ao uso indiscriminado de agrotóxicos na agricultura e a potencialidade de riscos que esses produtos químicos oferecem à saúde dos consumidores.

O programa é uma das iniciativas do planejamento estratégico do Ministério Público do Estado de Santa Catarina (MPSC) para o período 2012-2022.

Um dos parceiros do MPSC em Caçador neste programa é a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC).

Fiscalizações estão sendo conduzidas pela CIDASC. Legumes, frutas e verduras estão na lista dos produtos que são coletados para rastreamento do uso indevido de agrotóxicos.

O promotor de justiça Júlio Fernandes da promotoria de Defesa do Consumir e Meio Ambiente da Comarca de Caçador desta a importância do trabalho que está sendo realizado.

O MPSC tem aprovado recursos para a realização anual de 360 análises laboratoriais de produtos vegetais, a serem coletados em todas as regiões do Estado, novamente num trabalho de parceria com a CIDASC, Vigilância Sanitária Estadual, Ministério de Agricultura, Agropecuária e Abastecimento (MAPA), FATMA e Polícia Militar Ambiental.

Mercúrio no tomate 

A situação do uso indevido de produtos a base de mercúrio na produção de tomate e de pimentão em Caçador também será alvo de um trabalho intenso por parte do Ministério Público, apesar de não haver relação direta com o programa Alimento Sem Risco. Informações extraoficiais sobre o uso do mercúrio em lavouras de Caçador já chegaram até o Ministério Público e serão investigadas.

Saiba mais

Além do reforço no monitoramento, o Programa Alimento Sem Risco atuará na direção do fomento à criação de estrutura pública laboratorial, do estímulo à rastreabilidade dos alimentos; na propagação de informações e educação sobre o uso do agrotóxico na produção agrícola sustentável e no consumo de alimentos sem risco; no controle da comercialização de agrotóxicos via fiscalização de receituários agronômicos; na fiscalização na cadeia produtiva; no estímulo ao debate para pesquisas científicas; e na vedação à comercialização de agrotóxicos em Santa Catarina que tenham sido proibidos nos países de origem.

Fonte: Portal Notícia Hoje