Os pescadores catarinenses iniciam, a partir desta quarta-feira, 15, o período de pesca artesanal e industrial da tainha que vai até 30 de julho. Os primeiros cardumes de peixe já foram avistados nas praias de Garopaba, Pinheira, do Sonho, Pântano do Sul, Barra da Lagoa e do Campeche e todas as embarcações catarinenses registradas no Ministério da Pesca e Aquicultura foram licenciadas para pesca da tainha.
O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, diz que apesar da expectativa da abertura da safra no dia 1º de maio, como os pescadores solicitaram, a normativa interministerial, envolvendo os ministérios da Pesca e Aquicultura e o do Meio Ambiente, só permitiu a pesca a partir desta quarta-feira. Ele lembra que Santa Catarina, apesar de contar com pouco mais de 1% da área do Brasil, é o maior produtor nacional de pescados.
Rodrigues adianta ainda que para evitar confrontos entre pescadores e surfistas foi realizada uma reunião na segunda-feira, 14, no Ministério Público Estadual, com a participação das federações dos pescadores e dos surfistas, em que ficou acordado que nas praias do Pântano do Sul, Mole, Joaquina e Santinho, os surfistas serão avisados pelos olheiros se há peixe ou não. “Se tiver peixe, os surfistas não irão para o mar. Esse foi o acordo”, explica.
A pesca de arrasto de praia pode ocorrer até 800 metros da praia e 300 metros dos costões. A rede de caça de malha só pode pescar a partir de 800 metros da praia. Em relação às boias de sinalização, o secretário informa pedido foi realizado fora do prazo para atender a safra deste ano, mas como há uma previsão de aquisição de 4 mil boias para sinalização da maricultura em 2014 um número limitado será cedido para as colônias de pescadores.
Em Santa Catarina há 36 colônias de pescadores e a comunidade local, pescadores e turistas fazem um mutirão nas praias catarinense para recolherem a tainha. A tainha é uma pescaria de ventos, sobe o litoral com o vento sul e encosta nas praias com o vento nordeste e dai os pescadores entram em ação. As tainhas veem da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, e vão até o litoral carioca em busca de águas mais quentes para desovar. Quase 70 % das tainhas são capturadas no litoral catarinense.
Fonte: Secretaria do Estado da Agricultura e da Pesca