Foto: Maritza Martins

A produção brasileira de milho deve crescer 5,7% em 2013, para 76,88 milhões de toneladas, de acordo com estimativa divulgada hoje pela consultoria INTL FCStone e o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) com base em expedição por regiões produtoras.

A expectativa é que o país produza 36,3 milhões de toneladas do grão na safra de verão (que está em fase de colheita), volume apenas ligeiramente superior ao registrado no ano passado (36,14 milhões de toneladas).

Já a segunda colheita (a chamada safrinha, que começa a ser colhida no mês que vem) deve crescer 10,9%, para 40,58 milhões de toneladas, reflexo de um aumento de 13,7% na área plantada.

Só o Mato Grosso deve colher 15,90 milhões de toneladas nesta safrinha, um aumento de 5,5%. No Paraná, a colheita deve crescer 2,8%, para 10,54 milhões de toneladas.

De acordo com a FCStone e o Imea, a projeção “acende o sinal de alerta” para o Brasil, “que tem o desafio de aumentar suas exportações num ano de consumo interno estável, recuperação dos maiores produtores e fornecedores globais — os Estados Unidos —, e de vendas antecipadas fracas”.

Com uma demanda doméstica projetada em 52 milhões de toneladas, a previsão é que o país termine o ano com mais de 16 milhões de toneladas em estoque, o maior da história.

O atraso nas exportações da safra recorde de soja também é motivo de preocupação. “O milho só deve começar a ser escoado [para o exterior] a partir de agosto e setembro, o que preocupa muito, porque vai ser a mesma época em que os Estados Unidos começam a sua colheita”, destaca Otávio Celidonio, superintendente do Imea.

Fonte:  Valor Econômico