Foto: Antônio Vasco – ADR de Canoinhas

A economia catarinense é altamente dependente do setor agropecuário. Por isso o estado preza pela qualidade sanitária dos seus rebanhos. Tendo em vista o mercado externo – que é muito exigente – Santa Catarina conquistou o status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação. Desta forma todo o rebanho do estado não pode ser vacinado contra aftosa e não pode apresentar sorologia positiva para esse vírus. Outra exigência do mercado externo é a de que todo o rebanho bovino (bois) e bubalino (búfalos) do estado esteja identificado. Tal identificação é feita com um brinco que tem numeração única e relacionada ao proprietário do rebanho. Assim, o estado catarinense é único tanto no status sanitário quanto na rastreabilidade do rebanho bovino.

 Para atender às exigências do mercado externo a Secretaria de Agricultura do estado mantém uma equipe de veterinários que fiscaliza a procedência dos animais de produção do estado. Caso sejam encontrados bovinos sem o brinco de identificação estes são sacrificados e a pessoa física ou jurídica que estiver com esses animais sob sua guarda recebe uma multa. Todo esse procedimento é realizado para não colocar a economia do estado em risco, pois, um animal sem procedência pode comprometer o status sanitário do estado inteiro.

Para atender essas premissas a Unidade Veterinária Local (UVL) de Três Barras realizou no último dia 16 de abril o abate sanitário de nove bovinos que estavam sem os brincos de identificação.

Assim que constatou a ausência de identificação nos bovinos a médica veterinária Thaisa Radin Teles interditou a propriedade, impedindo o trânsito de animais daquele local. Em seguida foi solicitado apoio à Polícia Militar Ambiental que, prontamente, disponibilizou a equipe composta pelo cabo Edmilson Vieira de Lima, pelo cabo Rogério Iukiv e pelo soldado Nilton Luiz Schawrech. Com o apoio policial foi realizado o sacrifício sanitário e os animais foram enterrados na propriedade através da colaboração da prefeitura que cedeu a máquina escavadeira para realização do serviço.

Ações como essa se tornam cada vez mais raras, pois a população está mais consciente quanto à identificação do gado bovino e bubalino, entretanto, ainda ocorrem casos como este de Três Barras. Para essas situações, a CIDASC conta com uma equipe técnica muito bem treinada e capaz de assegurar o status sanitário do rebanho catarinense.

Acompanharam esse procedimento:

Thaisa G. Radin M. Teles (CIDASC Três Barras)

Antonio Vasco (CIDASC ADR – Canoinhas)

Karine Schimoguiri (ICASA)

Gilson Gonçalves (CIDASC ADR – Canoinhas)

Fonte:  Antônio Vasco