Programa estadual que visa o desenvolvimento das ações relacionadas às pragas regulamentadas para a produção de citros em SC.
O programa é executado no âmbito da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal – DIDEV da CIDASC.

Coordenador: Solano Andreis
Contato: citros@cidasc.sc.gov.br


Pragas regulamentadas

É uma doença causada pela bactéria Candidatus Liberibacter spp e é considerada praga quarentenária presente no Brasil. É transmitida de plantas contaminadas para plantas sadias através do processo de alimentação do psilídeo Diaphorina citri, inseto de 2 a 3mm.

Os sintomas iniciais são a presença de um ou mais ramos amarelados, folhas novas amareladas e folhas adultas mosqueadas (manchas amareladas irregulares no limbo foliar, sem simetria). As folhas afetadas tendem a cair e surgem novas brotações na posição vertical (orelha de coelho). A nervura da folha pode ficar engrossada.

Os frutos geralmente ficam deformados, pequenos, assimétricos em relação a columela central. Não amadurecem normalmente e adquirem uma coloração verde clara manchada, caindo precocemente. Quando o fruto é partido verifica-se a presença de filetes alaranjados na columela partindo da inserção do pedúnculo. O albedo (parte branca da casca) fica com espessura maior e o suco tem sabor mais ácido, menos doce e mais amargo que a de um fruto sadio, comprometendo a comercialização do fruto para suco.

Há registros da doença no Brasil desde 2004 e foi identificada pela primeira vez em Santa Catarina no ano de 2022 em pomares da região oeste do estado.

É a principal praga da citricultura mundial, não tem cura e ataca todos os tipos de citros comerciais.

A primeira ocorrência foi verificada no ano de 2022 através de levantamento fitossanitário executado pela CIDASC. Novos levantamentos foram realizados revelando novas ocorrências.

Tabela 1 – Data da primeiro resultado positivo para HLB em plantas em cada município positivo.

MunicípioMesorregiãoData do Resultado
XanxerêOesteJunho de 2022
Abelardo LuzOesteAgosto de 2022
São Lourenço do OesteOesteAgosto de 2022
GuaraciabaOesteDezembro de 2022
São José do CedroOesteMaio de 2023
IpuaçuOesteJaneiro de 2024
São Miguel do OesteOesteOutubro de 2024
Guarujá do SulOesteMaio de 2025

Os municípios com ocorrência ou localizados ao lado de município com ocorrência estão listados abaixo. Os produtores de citros pertencentes a esses municípios deverão realizar as medidas de prevenção e controle previstas na Portaria MAPA 317/2021.

MunicípioSituação
1Abelardo LuzPositivo
2AnchietaLimítrofe
3ArvoredoLimítrofe
4BandeirantesLimítrofe
5Barra BonitaLimítrofe
6Bom JesusLimítrofe
7Campo ErêLimítrofe
8DescançoLimítrofe
9Dionísio CerqueiraLimítrofe
10Entre RiosLimítrofe
11Faxinal dos GuedesLimítrofe
12Flor do SertãoLimítrofe
13Formosa do SulLimítrofe
14GuaraciabaPositivo
15Guarujá do SulPositivo
16IpuaçuPositivo
17IratiLimítrofe
18JupiáLimítrofe
19Lajeado GrandeLimítrofe
20Novo HorizonteLimítrofe
21Ouro VerdeLimítrofe
22Palma SolaLimítrofe
23ParaísoLimítrofe
24Passos MaiaLimítrofe
25PrincesaLimítrofe
26RomelândiaLimítrofe
27SaltinhoLimítrofe
28São BernardinoLimítrofe
29São DomingosLimítrofe
30São José do CedroPositivo
31São Lourenço do OestePositivo
32São Miguel do OestePositivo
33VargeãoLimítrofe
34XanxerêLimítrofe
35XavantinaPositivo
36XaximLimítrofe

O cadastro dos produtores comerciais de citros deve ser realizado através de cadastro e-Origem, na plataforma Sigen+, e é obrigatória para todos os produtores do estado.

Acesse o formulário e envie semestralmente (até 15 de janeiro e até 15 de julho) as informações sobre as vistorias realizadas no pomar (para pomares localizados em municípios positivos ou limítrofes)

Portaria nº 317, de 21 de maio de 2021: Institui o Programa Nacional de Prevenção e Controle à doença denominada Huanglongbing (HLB) – PNCHLB, e dá outras providências.

Nota Técnica DEDEV nº 03/2022, sobre a detecção de foco de Huanglongbing (HLB) ou Greening dos citros, causado pela bactéria “Candidatus Liberibacter asiaticus” em Santa Catarina.
ERRATA: Na NOTA TÉCNICA DEDEV Nº 03/2022, onde lê-se:
“As inspeções também apontaram diagnósticos positivos para “Ca. Liberibacter asiaticus” nos municípios catarinenses de Abelardo Luz e São Domingos.”
Leia-se:
“As inspeções também apontaram diagnósticos positivos para “Ca. Liberibacter asiaticus” nos municípios catarinenses de Abelardo Luz e São Lourenço do Oeste“.

O cancro cítrico é uma das doenças mais graves da citricultura. É causada pela bactéria Xanthomonas citri subsp. citri, afetando todas as espécies e variedades de citros de importância comercial, causando lesões locais em folhas, ramos e frutos.

A bactéria penetra no tecido através de aberturas naturais (estômatos) ou através de ferimentos provocados nas plantas.

Os prejuízos são a diminuição de produção e da qualidade dos frutos.

Há registros da doença no Brasil desde 1957 e foi verificada pela primeira vez em Santa Catarina no ano de 1985.

Santa Catarina adota as ações previstas para as áreas sob Sistema de Mitigação de Risco – SMR.

Instrução Normativa nº 21, de 25 de abril de 2018: institui em todo o território nacional os critérios e procedimentos para o estabelecimento e manutenção do status fitossanitário relativo ao Cancro Cítrico.

Resolução nº 12, de 16 de maio de 2017: Reconhece o Estado de Santa Catarina como Área sob Sistema de Mitigação de Risco (SMR) para Cancro Cítrico (Xanthomonas citri subsp.citri).

O ácaro hindustânico dos citros é uma praga quarentenária presente no Brasil e ausente em Santa Catarina. Causa manchas esbranquiçadas sobre o fruto e parte aérea da planta.

A sua presença no Brasil está restrita ao estado de Roraima, sendo necessária a exigência de PTV para trânsito de materiais provenientes daquele estado.

Instrução Normativa nº 8, de 18 de abril de 2012: proíbe o trânsito de vegetais e suas partes hospedeiras do ácaro hindustânico de UF com a presença da praga.


Mudas cítricas

Santa Catarina produz em torno de 2.000.000 de mudas cítricas por ano. Todo o material propagativo é produzidas em ambiente protegido desde 2013, por determinação da Portaria SAR nº 22 de 23 de novembro de 2010, procurando melhorar a qualidade fitossanitária e competitividade das mudas produzidas no estado. Desta forma, mesmo antes da identificação do HLB no estado, o material de propagação já estava sendo cultivado dentro de viveiros telados.

Para ingresso de mudas cítricas produzidas fora do estado de Santa Catarina é necessário solicitar autorização para ingresso e estar acompanhada de PTV.

Portaria SAR nº 22 de 23 de novembro de 2010: define normas para a produção de mudas e manutenção de plantas básicas, planta matriz, jardim clonal e borbulheira de Citrus spp.

Instrução Normativa nº 21, de 25 de abril de 2018: institui em todo o território nacional os critérios e procedimentos para o estabelecimento e manutenção do status fitossanitário relativo ao Cancro Cítrico.

Portaria nº 317, de 21 de maio de 2021: Institui o Programa Nacional de Prevenção e Controle à doença denominada Huanglongbing (HLB) – PNCHLB, e dá outras providências.