1952 – Criação da Secretaria da Agricultura em Santa Catarina e implantação do Serviço de Defesa Sanitária Animal. Início do combate a Febre Aftosa
1965 – Publicação da Lei 3783, estabelecendo a obrigatoriedade do combate à Febre Aftosa.
1966 – Publicação do Decreto nº 4920, regulamentando a Lei 3783 e estabelecendo prazo para início da campanha, sob a denominação de CAFASC – Campanha Contra a Febre Aftosa em Santa Catarina.
1966 – Lançamento oficial da campanha no município de Lages.
1967 – Vacinação de 258.836 bovinos, em 8.401 propriedades, nos municípios de Lages, São Joaquim, Bom Jardim da Serra e Urubici.
1970 – A partir de 31 de dezembro deste ano, a execução das ações passou para a Coordenação de Defesa Sanitária Animal – CODESA.
1971 – A Campanha atinge todos os municípios catarinenses.
1971 – Criação do Grupo Executivo de Combate à Febre Aftosa (GECOFA), composto por veterinários do Ministério da Agricultura e da Secretaria de Agricultura. Incremento das ações de combate à Febre Aftosa através da profissionalização dos serviços, com capacitação de profissionais e disponibilidade de recursos para aquisição de materiais e serviços. O GECOFA manteve a sua atuação até o início da década de 80, quando foi incorporado pelo Grupo Executivo da Produção Animal (GEPA).
1979 – Incorporação da CODESA pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – CIDASC.
1984 – Até 1983, eram realizadas três vacinações anuais do rebanho bovino. Após a elaboração dos estudos da “Caracterização Epidemiológica da Febre Aftosa no Espaço Catarinense” (Martins, 1984) e com a produção de vacinas de longa duração de imunidade, reduziu-se para duas vacinações estratégicas anuais.
1986 – Em função de um decréscimo no número de focos no Estado, chegando-se ao ano de 1986 com a ocorrência de apenas dois focos, houve uma desestimulação e até um questionamento por parte dos produtores em continuar a vacinação do rebanho. Devido a isso, observou-se a queda dos índices de vacinação e, como consequência, os focos de Febre Aftosa começaram a ser frequentes.
1988 – Após a visita de uma Missão da União Européia e a constatação dos baixos índices de vacinação e da sua situação epidemiológica, o Estado foi retirado lista de exportadores para aquele mercado. De imediato, retomou-se o processo de vacinação com venda direta da vacina aos criadores.
1989 – Continuava o surgimento de focos de Febre Aftosa, em que pese os altos índices de vacinação. Os resultados obtidos por meio do Diagnóstico de Situação Educativo Sanitário para Doenças de Bovinos e Aves (Improta & Martins, 1990) demostraram que apesar de os criadores conhecerem a serventia de uma vacina, de acreditarem em sua capacidade de evitar a doença e apresentarem uma atitude positiva quanto ao seu uso, eles só vacinavam os seus animais, mediante o risco próximo de um foco da doença. Esses dados vieram explicar o porquê, apesar de a venda de vacina atingir mais de 90% das propriedades, ainda surgiam focos de Febre Aftosa. Eles foram de suma importância para, posteriormente, a CIDASC sustentar junto à Secretaria e ao Ministério da Agricultura a necessidade de se adotar a vacinação por intermédio de vacinadores comunitários.
1991 – A partir deste ano, com base na realidade levantada pelo cruzamento das informações obtidas no Diagnóstico Educativo e os dados epidemiológicos da enfermidade, no campo, a Secretaria da Agricultura determinou através de Portaria nº 04/91, a execução da vacinação casa a casa ou sua fiscalização direta por técnicos ou vacinadores credenciados pela CIDASC. Para realizar esse trabalho, contou-se com o apoio de toda a sociedade catarinense, notadamente dos setores econômicos ligados à Agropecuária, como as agroindústrias, as cooperativas, as federações, os municípios, os clubes de serviços, os órgãos de imprensa, dentre outros. Foram contratados cerca de dois mil e quinhentos vacinadores comunitários, que, após o treinamento, capacitação e credenciamento, se lançaram em campo vacinando cerca de três milhões de cabeças.
1993 – Registro do último foco no Estado, detectado em um frigorífico no município de São Miguel do Oeste, envolvendo animais provenientes o município de Santa Helena, Estado do Paraná.
1996 – Publicação da Portaria Ministerial nº 107/96, pelo Ministério da Agricultura, criando uma Zona Livre de Febre Aftosa com vacinação, abrangendo os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
2000 – O Ministério da Agricultura e do Abastecimento, pela Portaria nº 153, declara a área formada pelos Estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, como Zona Livre de Febre Aftosa, sem vacinação. A Secretaria de Defesa Agropecuária, visando à proteção dessa zona recém criada, baixa a Instrução Normativa nº 13, de 19 de maio de 2000, que estabelece as normas, para o cumprimento da referida portaria. No dia primeiro de maio de 2000, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura, pela Portaria nº O15/GABS/SDA, declarou a suspensão da vacinação contra a Febre Aftosa e estabeleceu a proibição da entrada de animais vacinados no Estado de Santa Catarina.
2001 – Recorrência da doença no Rio Grande do Sul e países vizinhos. Esse fato fez com que Santa Catarina aumentasse número de suas barreiras sanitárias com o Rio Grande do Sul e com a Argentina, com ajuda das Polícias Civil, Militar, Federal, Rodoviária Estadual e Rodoviária Federal, do Exército, da Marinha e das Comunidades.
2001 – O Estado do Rio Grande do Sul retoma a vacinação de seus animais, acatando a determinação da Instrução Normativa nº 11, de 9 de maio de 2001. Apesar de pressões advindas de alguns setores da sociedade, o Estado de Santa Catarina mantém a decisão de não vacinar seus animais, objetivando a obtenção da Certificação Internacional de Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação.
2005 – Ocorrência de novos focos de Febre Aftosa nos municípios de Japorã, Mundo Novo e Eldorado no Mato Grosso do Sul e no norte do Paraná.
2006 – Em março deste ano, atendendo a sua função de suprimento de recursos humanos, o ICASA abre um processo seletivo para contratação 119 médicos veterinários, através de convênios com Cooperativa dos Médicos Veterinários – UNIMEV-SC, 119 auxiliares administrativos e 119 auxiliares de campo.
2006 – Em maio de 2006, a CIDASC realiza concurso público para 41 médicos veterinários, que vieram reforçar o quadro de funcionários da empresa. Acrescentou assim, neste ano, mais 160 novos profissionais ao sistema de Defesa Sanitária Animal do Estado.
2006 – Em outubro, encaminha ao MAPA documento solicitando à OIE o reconhecimento do zona livre de Febre Aftosa sem vacinação. Para tanto, em dezembro do mesmo ano realizou-se o inquérito soro-epidemiológico para comprovar a ausência de circulação viral a campo, bem como a inexistência de anticorpos vacinais no rebanho.
2007 – Obtenção do Certificado de Reconhecimento Internacional de Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação pela OIE, em ato da 75ª Assembléia Geral, realizada no período de 20 a 25 de maio de 2007.
2008 – Início do Projeto de Identificação Individual dos bovinos e bubalinos – PIB-SC.
2010 – Contratação de 120 Médicos Veterinários para incremento do quadro de profissionais dedicados à DSA.
2011 – Recorrência de Febre Aftosa no Paraguai, desencadeando um estado de Alerta Sanitário e incremento das atividades de vigilância veterinária, com objetivo de proteger o status sanitário do Estado.