A Cidasc monitora o morcego Desmodus rotundus como uma das medidas de prevenção da raiva. Foto:
Departamento Regional de Chapecó

A equipe do Departamento Regional de Chapecó da Cidasc realizou o monitoramento de morcegos em propriedade rural de Planalto Alegre no dia 8 de abril. Esta atividade faz parte das ações do Programa de Controle da Raiva, doença que pode afetar animais de produção, animais de estimação e também pessoas. 

Os profissionais da Cidasc Janaina Lustosa de Mello, Mercio Antonio Viot, Alcimar Cezar dos Santos e Edgar Meneghetti fizeram o monitoramento da Galeria Bonito, sob a BR 158, que é usada como abrigo pelos morcegos. Eles atualizaram a quantidade de animais existentes e fizeram a identificação das espécies presentes. O técnico em Segurança do Trabalho, Daniel Garcia da Silva, da empresa Total Life (que presta consultoria à Cidasc), acompanhou a atividade.

O morcego da espécie Desmodus rotundus, que foi identificado nesta galeria, é hematófago e pode ser vetor da raiva. Os médicos veterinários da Cidasc capturaram um macho da espécie e fizeram a aplicação da pasta vampiricida no animal para controle populacional. 

A maior parte dos morcegos existentes em Santa Catarina não são hematófagos: se alimentam de frutas ou insetos e prestam importantes serviços ambientais, como dispersão de sementes e polinização. Apenas profissionais capacitados para identificar corretamente a espécie e munidos de equipamentos de proteção devem monitorar morcegos e fazer o controle populacional. 

Se o produtor identificar locais em sua propriedade que estejam servindo de abrigo para morcegos ou se tiver animais com sinais de espoliação (mordedura), deve notificar a Cidasc para que monitore o local. Animais como bois e cavalos, quando atacados por morcegos hematófagos, apresentam marca na pelagem com sangue. 

A prevenção da raiva é feita com a vacinação do rebanho, que deve ser reforçada periodicamente. Quando é identificado algum animal com raiva em uma região, a Cidasc orienta os produtores a imunizarem os animais que não estiverem com a vacina em dia. A vacinação é a principal estratégia de proteção dos animais e também dos humanos, impedindo que a doença avance. 

O que é a raiva?

A raiva é uma doença transmissível que atinge mamíferos como cães, gatos, bois, cavalos, macacos, morcegos e também o homem. O vírus que provoca a doença ataca o sistema nervoso central, levando à morte após pouco tempo de evolução. A prevenção é fundamental, pois não há tratamento ou cura, seja para animais ou humanos. 

A transmissão da raiva ocorre quando a saliva do animal infectado entra em contato com pele ou mucosa por meio de mordida, arranhão ou lambedura do animal. Os sintomas da raiva podem variar. Entre os sinais, podemos observar mudança de comportamento do animal, dificuldade para se alimentar e salivação excessiva. Nem sempre o animal fica “raivoso”: nos bovinos com raiva, é mais comum observar a perda da coordenação motora e a paralisia do animal. 

Caso seja atacado por um animal com suspeita de raiva, procure o serviço de saúde mais próximo. Mantenha a vacina dos animais domésticos também em dia. 

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