A Cydia pomonella, conhecida como “lagarta da maçã”, é uma das pragas de pomáceas que mais causam prejuízos no mundo. Para eliminar a possibilidade de introdução no território catarinense, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, por meio do Programa Nacional de Erradicação da Cydia pomonella, vem intensificando as ações voltadas para a proteção fitossanitária dos pomares do estado.

Foto: Departamento Regional de Lages

Maior produtor de maçã do país, Santa Catarina faz parte da única região do mundo a erradicar a Cydia pomonella. O trabalho diário e árduo dos engenheiros agrônomos da Cidasc reflete no atual status sanitário vegetal e é uma conquista inédita da fruticultura catarinense.

Para o gestor do Departamento de Defesa Sanitária Vegetal da Cidasc, Alexandre Mees, a erradicação premia a união e os esforços dos órgãos públicos e privados envolvidos. A praga, também conhecida como traça da maçã, pode causar grandes prejuízos aos produtores rurais e está distante do território catarinense há quase dez anos. Responsável por metade da produção nacional da fruta, Santa Catarina se mantém, desde 2014, como referência internacional em sanidade vegetal.

A traça-da-maçã (Cydia pomonella) é uma praga que tem como hospedeiros primários maçã, pera, marmelo e noz europeia, e como secundários, pêssego, ameixa e nectarina, essas denominadas de fruteiras de caroço. A praga foi detectada no Brasil primeiramente em Vacaria no ano de 1991, e atualmente está classificada como Praga Quarentenária ausente no país, ou seja, está sob vigilância ativa e oficial.

Foto: Departamento Regional de Lages

Em face dessa ameaça, engenheiros agrônomos da Cidasc realizam monitoramento da praga por meio da instalação de armadilhas em locais estratégicos tais como: as cidades onde a produção está concentrada; portos; aduana; e redes de distribuição de supermercados e importadores. Atualmente são mais de 170 armadilhas instaladas para confirmar a ausência da praga em Santa Catarina. As armadilhas são instaladas na segunda quinzena de setembro e as vistorias são realizadas semanalmente, garantindo o monitoramento até o mês de abril do ano seguinte. O trabalho conta também com a inspeção nos frutos importados, realizada nas fronteiras, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que rechaça cargas quando detectada a presença da praga.

Vinícius Morales Porto, engenheiro agrônomo da Cidasc de Lages, destaca que a Cidasc segue rigorosamente o cronograma de monitoramento mesmo no período de quarentena durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). “Instalamos as armadilhas do tipo Delta com feromônio sexual para captura de adultos, todas são numeradas e georreferenciadas. Todo esse trabalho visa prevenir a reintrodução e disseminação da Cydia pomonella, praga que já causou grandes prejuízos para a produção em Santa Catarina. As ações de defesa sanitária vegetal realizadas pela Cidasc refletem tanto na rentabilidade dos pomares, quanto na saúde pública”, destaca o engenheiro agrônomo.

Programa Nacional de Erradicação da Cydia pomonella
O Programa Nacional de Erradicação da Cydia pomonella existe desde 1996 e objetiva a proteção fitossanitária dos cultivos de rosáceas e a erradicação da praga do território brasileiro (Portaria nº. 84, de 11 de julho de 1996, revogada pela IN nº. 48, de 23 de outubro de 2007). Tem como estratégias de controle a remoção de plantas hospedeiras e potencialmente hospedeiras do inseto nas zonas urbanas (com substituição por plantas não-hospedeiras) e o monitoramento constante nas áreas urbanas e em pomares comerciais.

Como o produtor pode ajudar
Caso o produtor detecte um exemplar suspeito de ser esse inseto, deve entrar em contato com a Cidasc mais próxima da propriedade, ou pela internet, via Ouvidoria do Governo do Estado, e relatar o ocorrido. Veja aqui os endereços e contatos.

“A Cidasc orienta todos os produtores, extensionistas, pesquisadores e demais agentes das cadeias produtivas a notificar qualquer suspeita de ocorrência de pragas em solo catarinense, para que possamos tomar as providências necessárias em curto espaço de tempo”, recomenda Alexandre Mees, gestor do Departamento de Defesa Sanitária Vegetal da Cidasc.

Fonte: Departamento Regional de Lages

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