Foto: Cláudio Todeschini

O Departamento Regional da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc de Itajaí, através da Unidade Veterinária Local de Itapema, recebeu notificação por parte da Defesa Civil deste município sobre um equino com sinais clínicos sugestivos de síndrome neurológica. O primeiro atendimento foi realizado em 02 de abril pelo médico veterinário da Cidasc Juliano Ebert, que fundamentou a notificação como um caso provável de Raiva. O animal foi isolado e, após seu óbito, foi efetuada colheita do cérebro e medula. O material, enviado para diagnóstico no Laboratório da Cidasc, em Joinville, resultou em laudo positivo para a doença.

As medidas para contenção do foco se estenderão aos municípios de Itapema, Balneário Camboriú, Camboriú, Porto Belo e Itajaí, levando-se em conta o raio de 12 Km a partir da propriedade foco, conforme determina o manual técnico para controle da raiva em herbívoros do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa. “Nestes municípios, a vacinação para raiva nos herbívoros é obrigatória, ou seja, equinos, bovinos, ovinos, caprinos, asininos e muares devem ser vacinados”, informa Klaus Sehn Korting, médico veterinário responsável pela Unidade Veterinária Local da Cidasc de Itapema.

Klaus ainda orienta que os animais primovacinados, ou seja, que nunca receberam nenhuma dose da vacina, deverão ser vacinados imediatamente e receber o reforço 30 dias após a primeira dose. Independente de existir foco de raiva ou não, a vacinação antirrábica faz parte do calendário anual de vacinação dos herbívoros.

Os produtores devem guardar o comprovante da vacinação, seja ele a nota fiscal, frasco da vacina preservando o número do lote ou carteira de vacinação emitida por médico veterinário. Segundo Cleverson Fiamoncinci Cordeiro, gestor de Defesa Agropecuária do Departamento Regional da Cidasc de Itajaí, o produtor deve guardar os comprovantes da vacina. “O arquivamento da comprovação da vacina é fundamental para que seja possível analisar a cobertura vacinal do rebanho pertencente à área focal e perifocal, auxiliando assim na tomada de decisões frente à ocorrência”, afirma Cleverson.


Cleverson destaca que o foco será considerado controlado somente se nenhum outro animal apresentar sinais clínicos da doença após a sequência de 90 dias, a partir da morte do último animal positivo. Ele reforça ainda, que a vacinação é a maneira mais eficaz de se evitar a infecção dos animais pelo vírus da raiva.


Como o produtor pode contribuir com o trabalho da Cidasc
A Cidasc orienta que todos os produtores rurais devem ficar em alerta para observação dos seus animais. Caso algum deles apresente dificuldade para caminhar e se alimentar, salivação excessiva e paralisia, um médico veterinário deverá ser consultado. Outra atitude importante é imediatamente entrar em contato com o escritório da Cidasc mais próximo para notificar a suspeita de ocorrência de raiva. Notificações também podem ser encaminhadas para o Departamento Regional de Itajaí pelo telefone (47) 33986619.


Raiva: o que é?
Raiva dos herbívoros é uma doença infectocontagiosa fatal causada por um vírus e que afeta os mamíferos. No ambiente rural sua transmissão aos animais ocorre pela mordedura de morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue) infectados pelo vírus. Trata-se de uma zoonose, ou seja, uma enfermidade afeta homens e animais.
Sintomatologia nos herbívoros: os animais apresentam sinais clínicos neurológicos, como andar cambaleante, tremores, incoordenação motora, sialorreia (salivação excessiva), dificuldade de deglutição (não conseguem se alimentar ou tomar água). Com a evolução do quadro clínico os animais se deitam e não conseguem mais levantar, apresentado movimentos de pedalagem.
Tratamento: não existe tratamento. Os indivíduos afetados não conseguem se recuperar e, invariavelmente, seguem para o óbito.

Programa de Controle da Raiva dos Herbívoros em Santa Catarina

O PCRH em Santa Catarina tem como estratégias de atuação o controle da população de transmissores (morcegos hematófagos da espécie Desmodus rotundus); a vacinação dos herbívoros domésticos em situações específicas; a vigilância epidemiológica; o monitoramento sistemático e cadastramento de abrigos de morcegos e a educação em saúde e capacitação dos profissionais do Serviço Veterinário Oficial – SVO. Para conferir a página do programa, acesse o link.

Fonte: Departamento Regional da Cidasc de Itajaí

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