A piscicultura está presente em inúmeras propriedades rurais de Santa Catarina. Açudes e viveiros são uma marca registrada de nosso Estado, isso porque na agricultura familiar, a criação de peixes representa uma boa alternativa de renda. Mas o que fazer quando essa atividade precisa ser praticada numa das regiões mais frias do Brasil? É aí que a pesquisa agropecuária e a extensão rural entram em ação para ajudar o homem do campo.

Foto: Divulgação/Epagri

Peixe na Serra é o nome do projeto da Epagri que incentiva a piscicultura no Planalto Catarinense. Um desafio para pesquisadores, extensionistas e produtores rurais que, afinal, precisam vencer o frio intenso e planejar muito bem a atividade diante de temperaturas tão baixas na região.

Segundo Aziz Abou Hatem, coordenador regional de Extensão Rural da Epagri, o principal objetivo é articular centros de pesquisa e treinamento para desenvolver sistemas de produção adaptados à região. “Nós temos condições climáticas desfavoráveis perto de outras regiões. Por outro lado, temos características que potencializam espécies, como truta e jundiá, principalmente pela água de qualidade e a própria temperatura”, explica Aziz.

No município de Campo Belo do Sul, o produtor Altamir Goedert trabalha há 17 anos com pesque-pague, sendo a tilápia a espécie de maior saída. Tem quatro açudes e vende, em média, 150 kg de peixe por mês. Para enfrentar o clima e garantir a produção mesmo no inverno, utiliza, com sucesso, o tanque-rede. Isso faz da propriedade uma unidade de referência técnica da Epagri. Para ele, “o maior desafio é evitar a morte de tilápias, pois com o frio intenso, ela para de se alimentar e de crescer”. De acordo com a extensionista rural da Epagri, Nilcéia Rodrigues da Silva, o tanque-rede funcionou muito bem na propriedade do S. Altamir devido à extensão do açude. “Essa técnica oferece maior controle de ração e acompanhamento do crescimento, ficando mais fácil gerenciar o retorno econômico da produção”, afirma Nilcéia.

Já no município de Correia Pinto, o jovem produtor Leandro Marcolino trabalha com inúmeras espécies. Mas é no filé de jundiá que ele aposta como a principal renda na propriedade. “O jundiá se adaptou muito bem. Passa de 2kg, sendo que com 800gr já atende o mercado. Com assistência técnica da Epagri, genética boa, água e ração de qualidade, fechamos todos os requisitos para uma piscicultura de sucesso”, comemora Leandro.

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Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural.

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