Foto: Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal

Fruticultores, estudantes e técnicos de todo o Sul do Brasil estão reunidos em Chapecó para o 2º FRUSUL – Simpósio de Fruticultura da Região Sul. O evento, realizado pela Epagri e outras instituições, começa hoje, dia 29 e vai até amanhã dia 30 de maio, tem como público-alvo pesquisadores, estudantes, agricultores e participantes da cadeia de produção de frutas, que vão em busca de aprimoramento e atualização de conhecimentos.

A programação é composta por palestras e apresentação de trabalhos científicos. Entre os temas a serem debatidos estão mercado de frutas, rastreabilidade de vegetais, cobertura vegetal e manejo integrado de pragas.

Em Santa Catarina, as principais lavouras permanentes de frutas representaram mais de 55 mil hectares de área colhida, com 14 mil produtores. Na safra 2017/18 o total produzido chegou a 1,5 milhão de toneladas, com valor bruto da produção (VBP) estimado em mais de R$ 1,14 bilhões.

Entre as principais culturas estão em destaque, a banana, maçã, uvas, maracujá e a citricultura (laranja, tangerina e limão). Diante deste cenário, um dos maiores desafios da cadeia produtiva de alimentos é saber quem produziu os alimentos e como chegar no produtor quando identificado alguma inconformidade nas análises de monitoramento de resíduos.

Atualmente o consumidor é bem mais informado e busca constantemente produtos que ofereça segurança e qualidade. Exatamente por isso, pensando em atender as exigências do mercado, o gestor do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal da Cidasc, Alexandre Mees, palestrou na manhã de hoje, 29, no Simpósio de Fruticultura da Região Sul – FRUSUL, apresentando o Programa e-Origem e a experiência de Santa Catarina com a rastreabilidade de produtos de origem vegetal.

O programa, desenvolvido pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, possibilita a inserção do pequeno produtor no mercado de produtos com origem identificada, de forma gratuita, já o consumidor terá na prateleira do supermercado as informações sobre a origem do produto. Fato de grande importância para a produção de frutas e hortaliças em solo catarinense.

“Estamos trabalhando para que os produtores catarinenses se adequam às obrigações da Instrução Normativa nº 2, conjunta entre Anvisa e Ministério da Agricultura (INC nº 2). Até 2021, obrigatoriamente, as principais frutas e hortaliças produzidas no Brasil deverão ser identificadas”, destacou Alexandre Mees.

E-Origem

Como o produtor realiza o cadastro:

O produtor rural acessa o sistema informatizado da Cidasc – Sigen+ e faz o cadastro de Produtor Primário. Lá ele declara o que produz, isso vai permitir a ele gerar o caderno de campo, etiqueta, código para rastreabilidade e até o QR code para o consumidor poder fazer a consulta da origem do produto.

Os produtos in natura ou minimamente processados precisam ter o código de rastreabilidade.

No caderno de campo, o produtor deve anotar as práticas agrícolas, por exemplo, dia do plantio, se aplicou agrotóxico, qual agrotóxico e a quantidade e assim por diante. “Quem quiser pode fazer as anotações por conta próprio num caderno normal, o importante é anotar todas as informações sobre o plantio”, afirma Mees.

Importância da rastreabilidade

A preocupação com a segurança alimentar vem crescendo nos últimos tempos, e é um comportamento percebido por todos os elos da cadeia de alimentos. Hoje a rastreabilidade é fator fundamental para o controle de qualidade e segurança dos alimentos. É ela que garantirá a procedência do alimento e desta forma levar mais segurança para os consumidores e tranquilidade para o produtor.

Através da rastreabilidade é possível:

  • Resgatar as informações de todas as fases da cadeia produtiva do alimento;
  • Conhecer o histórico do produto;
  • Promover o Recall do produto no mercado de forma eficiente reduzindo riscos para a saúde do consumidor, evitando, desta forma, danos à saúde pública;
  • Para os fornecedores da cadeia de alimentos a rastreabilidade oferece vantagens como:
  • Divisão das responsabilidades ao longo da cadeia comercial: todos os elos da cadeia se responsabilizam;
  • Transparência na comercialização.

Para os consumidores, o acesso às informações sobre o alimento aumenta a credibilidade com o mercado.

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