Foto: Cristina Perito Cardoso

Na última terça-feira, dia 26 de março, o Departamento Regional da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc de Lages, em parceria com o Centro de Ciências Agroveterinárias da Universidade do Estado de Santa Catarina – CAV/Udesc e Núcleo dos Médicos Veterinários do Planalto – NUMEV, promoveu um Encontro Técnico para esclarecer, discutir e trocar experiências sobre a Raiva dos Herbívoros, enfermidade de grande importância e com casos confirmados em municípios do Vale do Contestado que fazem divisa com a região Serrana.

O evento reuniu aproximadamente 50 veterinários autônomos e de instituições públicas e privadas, atuantes nos municípios de Lages, Capão Alto, Campo Belo do Sul, Cerro Negro, Anita Garibaldi, Painel, Palmeira, Otacílio Costa, Correia Pinto, São José do Cerrito, São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Vidal Ramos, entre outros da região.

A palestra contou com a presença do professor da CAV/Udesc, Aldo Gava, e os médicos veterinários da Cidasc, Bernard Borchardt e Leopoldo Carlos de Medeiros Neto, e abordou as formas de apresentação da Raiva, coleta de materiais para diagnóstico, controle de morcegos hematófagos, epidemiologia, atual situação da doença no Estado e localização de focos, bem como a importância econômica e na saúde pública, principalmente como doença ocupacional.

Ao se deparar com a ocorrência de focos cada vez mais próximos, de forma cautelosa e educativa se faz necessária a ampla divulgação e troca de conhecimentos sobre a doença. Assim, a educação sanitária foi feita com os profissionais que atuam diretamente no campo e atividade fim, para que as informações cheguem precocemente ao produtor rural no intuito de prevenir a contaminação e disseminação da Raiva em herbívoros e garantir a notificação à Cidasc de sugaduras de morcegos, localização de abrigos e também de suspeitas da doença.

Orientações sobre a Raiva

O morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus é responsável pela transmissão da raiva para herbívoros. As demais espécies de morcegos hematófagos e não hematófagos são protegidos por lei e seu manejo e controle caracteriza crime ambiental. Por isso, somente profissionais capacitados, do serviço veterinário oficial, podem intervir em colônias de morcegos em área de risco para a Raiva, porque são capazes de diferenciar as espécies de morcegos em um abrigo.

O animal doente elimina o vírus da raiva pela saliva, por isso não devemos colocar a mão na boca de cavalos ou bovinos que estejam com dificuldade de locomoção e/ou salivação intensa. Usualmente, a doença é transmitida através da mordida do animal infectado, mas o simples contato entre saliva e feridas abertas, mucosas e arranhões também propaga o vírus.

Para ajudar no controle da raiva

– Vacine seu rebanho contra a raiva;

– Informe ao escritório da Cidasc mais próximo sempre que seus animais ficarem doentes e apresentarem dificuldade para caminhar, se alimentar, e/ou agressividade

– Caso seus animais tenham marcas de mordedura causada pelo morcego hematófago, comunique a Cidasc, mesmo que não estejam doentes;

– Avise ao médico veterinário da Cidasc se souber de algum local que possa abrigar morcegos hematófagos, tais como, cavernas; grutas; ocos de árvore; túneis; bueiros; passagem sob rodovias, cisternas e poços; casas e construções abandonadas.

ATENÇÃO! Nunca tente capturar um morcego, chame um profissional capacitado para que seja removido adequadamente.

Fonte: Leopoldo Carlos Medeiros Neto, médico veterinário UVL da Cidasc de Lages e Cristina Perito Cardoso, médica veterinária NUMEV.

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