Foto: Rômulo Bitentourt

O projeto foi iniciado em janeiro do ano passado como iniciativa da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc e Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – Epagri com a principal finalidade de elevar o padrão sanitário do polvilho azedo produzido em Santa Catarina.

O polvilho azedo é produto da mandioca e é uma importante fonte de amido sem glúten, além de possuir característica sensorial muitíssimo melhor que o trigo. É amplamente utilizado na panificação e seu consumo é ascendente, o que importa ao setor polvilheiro do Sul de Santa Catarina. Na região Sul são dezenas de pequenos negócios agroindustriais, intensos em mão de obra, dependente de tecnologias, que movimenta economicamente o Estado, já que, inclusive, o produto é exportado em boa quantidade para o Rio Grande do Sul.

Nos últimos dois anos a Cidasc, por meio do Especialista em Segurança dos Alimentos Wladimir Marcon e do engenheiro Rômulo Bittencourt, passou a atuar decisivamente na valorização do polvilho azedo, tanto que deu início ao projeto. No decorrer do tempo, os referidos técnicos da Cidasc buscaram auxílio da Epagri, que também trouxe a Unesc para auxiliar. Como parte dos trabalhos, estão em estudo novas Boas Práticas de Fabricação (BPF), treinamento contínuo de manipuladores, projetos de melhoria nas unidades fabris e a revisão da RDC 14/2014/ANVISA.

Ao longo do ano passado foram, então, realizadas 34 análises microscópicas do polvilho, utilizadas centenas de iscas para captura de insetos nos jiraus, trabalho que se estende ainda neste mês de janeiro. Para o ano em curso, serão catalogados os insetos capturados, avaliadas suas flutuações, compilados os dados das microscopias e avaliadas as BPFs empregadas.

Segundo Rômulo Bitencourt, este projeto caminhou em função da incontestável participação dos industriais, que acreditaram no projeto elaborado pela Cidasc e Epagri. Tanto que em melhorias nas unidades fabris os investimentos já ultrapassaram a cifra de seis milhões de reais.

Para Wladimir Marcon, o ponto mais importante está por ser construído junto à Anvisa (Brasília), que aceitou petição da Associação das Indústrias Processadoras de Amidos de Mandioca de SC (AIMSC), para revisar a RDC 14, e dar mais segurança jurídica ao Setor.

Atualmente são oito indústrias que contam com a consultoria da Cidasc para executar melhorias em suas unidades e implantar a Gestão da Segurança dos Alimentos (GSA), mas outras duas indústrias vão iniciar os trabalhos em fevereiro. “O projeto que está em andamento é interessante para os vários atores envolvidos, mas quem ganha decisivamente é o Estado de SC, pois é a mais razoável forma de fortalecer Santa Catarina como Estado de excelência em sanidade”, diz Rômulo que completa, “permitindo à Cidasc cumprir sua Missão”.

Vale dizer que se trata de um trabalho que vai apresentar resultados positivos, mas com baixo custo, o que manifesta o momento em que vivem as instituições públicas; “é a busca da eficiência”, diz Wladimir Marcon.

Os trabalhos desenvolvidos pela Companhia estão amparados por um Termo de Ajustamento de Condutas – TAC (de ordem técnica) assinado entre as AIMSC e a Divisão de Vigilância Sanitária (DIVS) da Secretaria Estadual da Saúde e deve se estender ao longo do ano corrente. Esse TAC, segundo Gilvan Carvalho, presidente da AIMSC, deu segurança jurídica para investirmos, e os investimentos são decorrência de um Plano de Ação desenvolvido e acompanhado pelos técnicos da Cidasc ; “hoje temos segurança em fazer melhorias, que são devidamente orientadas e seguras”, ressalta Gilvan.

Fonte: Departamento Regional de Tubarão

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