O Ministério Público Federal do Distrito Federal – MPF-DF moveu uma ação civil pública para suspender a liberação comercial de sementes transgênicas que tem tolerância ao herbicida glifosato, que foi emitida pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio enquanto a reavaliação toxicológica da substância não fosse concluída pela Agência de Vigilância Sanitária – Anvisa. A ação pede que a readequação das liberações comerciais conforme decisão técnica da Anvisa, pedindo que esta libere as vendas com ou sem restrições ou as cancele.

Foto: Vinicius Porto Morales

A ação, que foi encaminhada à 9ª Vara da Justiça Federal, é assinada pelas procuradoras da República Ana Carolina Maia, Carolina Martins e Luciana Loureiro. Para elas, a CTNBio agiu sem ter consideração com os postulados de prevenção e da precaução, expondo tanto o meio ambiente quanto a saúde pública em risco. “Se de um lado os agrotóxicos podem diminuir as perdas agronômicas e favorecer os lucros dos produtores, de outro, toda a sociedade arca com um custo muito maior para remediar os efeitos negativos dessas substâncias”, afirmam.

As procuradoras também destacaram os comandos constitucionais, legais e também os compromissos internacionais onde o Brasil assumiu o compromisso de manter o equilíbrio ecológico na produção de alimentos. Segundo o entendimento delas, qualquer produto que levanta incertezas científicas sobre sua segurança deve ser investigado, ou até mesmo proibido.

O glifosato é considerado o principal herbicida comercializado nacionalmente para o controle de ervas daninhas na lavoura, que cresceu amplamente durante os últimos anos devido em razão da crescente área cultivada com transgênicos e em razão de pragas  resistentes. A Anvisa já havia sido condenada em 2014 a concluir a reavaliação toxicológica do glifosato, que até hoje ainda não foi concluído.

Mais informações à imprensa:
Assessoria de Comunicação – Cidasc
Fone: (48) 3665 7000
ascom@cidasc.sc.gov.br
www.cidasc.sc.gov.br
www.facebook.com/cidasc.ascom