Algumas lagoas, muitos peixes, verde ao redor e um caderninho de anotações em mãos. Esse era o cenário ao qual o aquicultor estava acostumado a trabalhar. Mas, essa realidade vem mudando. Afinal, a tecnologia revolucionou o mercado e criou novos processos, da indústria ao campo.

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Atento, o empreendedor André Nascimento, de Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina, criou um sistema de internet dos peixes que tem o intuito de otimizar os resultados para o setor da aquicultura. Ele propõe trocar o tradicional e velho caderninho de anotações por um celular ou tablet e, com isso, gerar informações estratégicas que resultam em economia, aumento de produtividade e, por consequência, lucratividade.

Segundo ele, a ideia da IoFish é centralizar em uma plataforma online os dados mais relevantes para a tomada de decisão do aquicultor na gestão de sua produção. Informações como níveis de oxigênio e PH, temperatura da água e quantidade de ração, primordiais para definir o desenvolvimento da criação, saem do papel e vão para o meio digital.

Dessa forma, são gerados relatórios precisos que ajudam o produtor a criar o ambiente ideal para o desenvolvimento dos peixes ou camarões, sem desperdícios. “O aplicativo sugere boas práticas e ações. O produtor vai saber quando é a hora certa de jogar mais ração ou de ligar o aerador, por exemplo. O uso da ração passa a ser monitorado e racionalizado, evitando desperdícios. O mesmo ocorre com a energia elétrica necessária para fazer o aerador funcionar. Ou seja, a ferramenta gera uma economia significativa para o negócio”, explica.

Ele comenta também que o uso da ração passa a ser monitorado e racionalizado, evitando desperdícios. “O mesmo ocorre com a energia elétrica necessária ao funcionamento do aerador. Ou seja, a ferramenta gera uma economia significativa para o negócio e dá garantias de que as atitudes certas estão sendo tomadas”, ressalta o empreendedor, que está há sete anos no mercado produzindo equipamentos para a criação de peixe e camarão.

Em resumo, o sistema ajuda a produzir mais com menos. “Devido ao controle, você sabe realmente o que acontece dentro da água. E sabe também o quanto o peixe está crescendo. Assim, vai aumentando a capacidade de produção por metro quadrado com padrões reais”, acrescenta o idealizador da startup, que, atualmente, está passando por processo de aceleração na Spin Exponential Business.

Na aceleradora, a IoFish passa por testes, programas de mentoria e tem seu planejamento rediscutido. “É um sistema viável, pois, segundo pesquisas, mais de 90% dos piscicultores acreditam que o acompanhamento correto da qualidade da água é um dos maiores fatores do sucesso nas produções. Mas, apenas 10% fazem a análise dos parâmetros diariamente e 48% fazem análises apenas em períodos mensais ou bimestrais. Ou seja, está na hora de a internet das coisas fazer o trabalho que não está sendo feito pelo produtor de peixes”, esclarece.

O aplicativo está em fase de testes e deve chegar ao mercado em um modelo muito utilizado pelas plataformas online, que funciona como uma assinatura. Para passar a usar o sistema, o produtor terá que adquirir alguns equipamentos, pois o software é processado via uma sonda wi-fi.

Depois, ele paga uma mensalidade bastante acessível para o uso do app.

Outro dado que sustenta a viabilidade do projeto é a participação da aquicultura na economia do Brasil, dono da maior reserva de água doce do mundo. O país também está entre os maiores produtores de tilápia do globo.

Fonte: O Presente Rural

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