Mais que curar, o produtor de soja brasileiro sabe que prevenir a entrada da ferrugem asiática em sua lavoura é fundamental para evitar sérios prejuízos econômicos. Nas últimas três safras, produtores do Rio Grande do Sul tiveram problemas com a doença, que causa perda da qualidade e peso dos grãos. Para evitar o surgimento da ferrugem, as aplicações de defensivos agrícolas precisam ser feitas com antecedência, de forma preventiva.

Foto: Arquivo/ O Presente Rural

É o que garante Pedro Lara, consultor da Basf, que ressalta que o manejo é tão importante quanto o agroquímico a ser utilizado. “O manejo é tão importante quanto a molécula, quanto a ação fúngica, a ação do inseticida. O manejo, seja como momento de utilização, correta forma de aplicação dos defensivos, o uso de boas práticas agrícolas, vai influenciar tanto quanto o ativo químico em si que o produtor utiliza em sua lavoura”, frisa. “Nós preconizamos o manejo fitossanitário da lavoura como completo. Não é somente a escolha do produto, mas o manejo. Se você trata de forma curativa, além de já ter os prejuízos na lavoura, não vai conseguir extrair o máximo potencial do defensivo. Quando a aplicação é preventiva, o produtor o produtor tem a chance de explorar o potencial do defensivo agrícola. Assim, as chances de ter a lavoura sempre no limpo, sem doenças, é muito grande. Sempre quando você evita o dano da doença, tem mais sanidade na planta, que vai te dar rentabilidade maior”, amplia o profissional.

Lara explica que “a ferrugem é uma doença extremamente agressiva, com alto potencial destruição, mas que se consegue combater com antecipação”. “O Oeste do Rio Grande do Sul teve uma pressão muito grande na última safra. Neste ano, ela ainda não aconteceu. No Oeste e Norte do Paraná e no Cerrado ela ainda não apareceu”, comentou no início de fevereiro.

Vazio Sanitário

Em vários estados, o plantio da soja está proibido de junho a setembro. O objetivo é criar um vazio sanitário para eliminar as chances da doença se instalar. “A ferrugem se mantém viva só com o organismo vivo. Não se pode deixar tudo na conta do defensivo. Ele é uma das ferramentas, mas o vazio sanitário é importante porque tem a quebra do ciclo da doença, retirando a ponte verde para que a ferrugem não se mantenha até a próxima safra”, explica.

Prejuízos

O consultor explica que “a ferrugem diminui a área folear da soja, onde é captada a energia solar, que faz todo o trabalho que é convertido em grão, em massa, em proteína”. Assim, “acaba desestruturando toda a fisiologia da planta, que terá pouca energia para direcionar para grãos pesados e em maior quantidade”, orienta. De acordo com ele, as aplicações variam de região para região ou até mesmo de propriedade para propriedade. “Tudo depende da variedade cultivada, da questão climática, da pressão da doença, da época do ano, da região onde o produtor está, mas hoje se recomenda primeira aplicação nos estágios V4 ou V5 (quatro a cinco trifólios), seguindo um intervalo que pode variar de 12 a 18 dias. Começando cedo e fazendo intervalos mais curtos, a chance de combate à doença é muito maior”, afirma.

Fonte: O Presente Rural

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